Tourigo, o berço da Touriga Nacional

E se for mesmo verdade? ... estaremos preparados? Para sermos mesmo o berço da touriga nacional? Algum tempo passou desde que lançámos aqui o desafio de propor Tourigo como berço da Touriga Nacional, essa encubadora de taninos dos melhores vinhos nacionais. A ideia ganhou raízes, a início muito circunscritas, para depois "arrepiarem" caminho e lançarem a sua semente por vários sítios do cyberespaço. Porque não é todos os dias que uma freguesia tem como "marca de água" o nome de uma casta como a Touriga Nacional, siga as novidades em Tourigo, berço da Touriga Nacional

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Poesia no Rego


O Rego também tem inspirado as veias de alguns poetas...

Aqui fica o registo:




Boaventura de Sousa

Labirinto

"(...) e muitas vezes sou um rego d'água
a beber as raízes do teu corpo de nogueira.
"


Cesário Verde

De Verão
(…)
IX
E, como quem saltasse, extravagantemente,
Um rego d'agua sem se enxovalhar,

Tu, a austera, a gentil, a intelligente,
Depois de bem composta, déste á frente
Uma pernada comica, vulgar!
(…)


Provinciana
(…)
De roda pulam borregos;
Enchem então as cardosas
As moças desses labregos
Com altas botas barrosas
De se atirarem aos regos!
(…)

JSR

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

A física do Rego: e=mc2

Uma das mais conhecidas fórmulas físicas é a tão simples

E=MC2
Segundo Einstein, a Energia é igual à massa vezes a velocidade da luz, ao quadrado.
No entanto, consta que esta equação se aplica igualmente ao Rego, segundo foi possível apurar recentemente aquando de um encontro entre João sem Rego (JSR) e Pedro Russo, jovem astrónomo português nomeado coordenador internacional do Ano Internacional da Astronomia 2009.
JSR, ciente das boas condições do Rego para a observação astronómica e convicto da relação entre o leite com gás (LCG) e a física, teceu algumas considerações sobre investigações feitas ao abrigo do estudo das teorias de Einstein.
Segundo JSR, E=MC2 traduz na perfeição uma das máximas da Confraria. Senão vejamos:
E=MC2
Energia no rego é igual a Milk com gás, vezes a velocidade do Convívio ao quadrado.

Por outro lado, JSR avança mesmo com outra equação:
Ri=O2
Rego impecável é igual a originalidade ao quadrado.
De momento, são as únicas declarações de JSR, que não quis levantar mais o véu sobre estas suas recentes observações, que visam aprofundar a análise das características e efeitos da regoterapia.
Contudo, JSR está confiante na projecção do Leite com Gás, atento às raízes do mesmo no próprio universo... pelo menos, na Via Láctea...

I.ª Expedição às origens do Rego: última parte

Caríssimos,
aqui estão as últimas duas fotos da primeira expedição às origens do Rego. Estas mostram-nos o terceiro moinho.

Diferente dos outros dois, esta vigia do Rego mostrou-se bem mais altiva e muito certa de si. Enfeitado com madeixas de verdes heras, o terceiro moinho presenteou-nos com uma travessia sobre a ribeira, convidando-nos a passar pelo braço de madeira que nos lançava com ar desafiador.

A ponte não poderia ser mais inspiradora e, a cada passo dado, mais uma conquista para a Humanidade:) Sim, porque andar por estes recantos e encantos, só pode ser visto como uma conquista... que não se impõe, não se força, apenas se sente e goza. Se o Rego fosse um mostrador de relógio, teríamos percorrido somente um quarto de hora. Tão só três moinhos. Mas como existem mais moinhos ao longo deste vale, mais expedições se seguirão, tal como segue sempre o Rego, no seu leito de sossego.

A propósito, ao nosso precisoso Rego não se aplica a frase de Bertolt Brecht:
Do rio que tudo arrasta se diz que é violento mas ninguém diz violentas as margens que o oprimem.

...neste caso, o Rego é carinhoso, tecendo no seu silencioso percurso a abundância que promete às terras que o esperam. As suas margens participam dessa urdidura, cuidadosas e confidentes.
Só por isso, quem visita este reino maravilhoso não pode destoar no quadro.
O Rego não se estranha para depois se entranhar.
Ele existe e cabe cativar.

JSR

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

O Rego no novo visual do Tourigo

Parabéns aos conterrâneos que deram um novo visual ao site do Tourigo!
É sempre com regozijo que, quando vamos por aí por esses vales e encostas da Internet, vemos o Rego do Esporão ser referido e destacado pela importância natural que tem:
"Faz parte, ainda da sua história, o histórico Rego do Esporão que continua a dar vida à agricultura local."
in Tourigo Online

Bem-haja!

JSR

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Sonhei ser um Sapo no Rego.

Um dia sonhei que era um SAPO e viajava pelo REGO.

Poderia ter sonhado que era encantado e que quando beijado por uma miuda, me tranformava em belo princípe, mas não...


Poderia ter sonhado que era daqueles que fazem publicidade a serviços de internet e que vivem a assapar, mas não...


Sonhei que era mesmo uma daquelas criaturas anfíbias não lá muito bonitas.


Que raio de sonho...!!!
Tantos sapos é calhou-me logo este.
Não me parece lá grande coisa para um sonho, mas como tudo na vida tem de haver alguma parte positiva.
Ora vejamos.
Navegam lentamente e com todo prazer pelo rego.
Não tem miudas para aturar.
Nem contas da internet para pagar.
Se calhar não foi assim tão mau sonho.

JSR

Touriguistão: a sorte protege os audazes

... as imagens que se seguem podem ferir susceptibilidades...


Touriguistão, 17.11.07

Este é apenas um pequeno excerto das cenas registadas, este fim-de-semana, no palco de guerra urbana do Tourigo, mais conhecido por Touriguistão.










Contando com a bravura de doze elementos do Tourigo, Arnosa e Tojosa, esta foi uma oportunidade para mostrar as habilidades estratégico-tácticas especialmente desenvolvidas e testadas neste campo de treinos de tropas de elite, especialmente vocacionadas para conflitos de natureza variada mas ainda não totalmente identificada.
A organização deste exercício militar - Touriguistão ou talvez não 07 - esteve irrepreensível, contando com a ajuda do factor meteorológico, que registou uma temperatura e níveis de humidade razoáveis, semelhantes aos do palco de guerra verdadeiro.
Por outro lado, as condições no terreno foram das melhores quer pela morfologia do cenário quer pela natureza dos diversos obstáculos criados. No entanto, a entrega e o empenho dos participantes foram marcantes.
Este exercício contou com a assistência de observadores de organizações não-governamentais que confirmaram a inexistência de danos colaterais dignos de destaque. Salienta-se ainda que todos os participantes puderam contar com cuidados médicos, mesmo na linha da frente, o que não veio a acontecer atendendo à natureza menor dos ferimentos identificados (pequenas escoriações, hematomas vários e delírios momentâneos).
Entretanto, a Agência Rego apurou, tanto quanto foi possível, a existência de elementos infiltrados, aspirantes à Confraria. Destes, provou-se estarem irrefutavelmente investidos de espírito regoniano.

Transcrição do registo possível das estratégias (repórter não identificado):

Estratégia 1
"_ ...E ele tem arco aqui para disparar ou tem de levantar a cabeça fora da chapa?
_ Não, basta... basta... basta... basta... Um indivíduo só dispara quando ouvir fogo... quando ouvir fogo cerrado. E ele sente quando o fogo bate aqui (bate uma vez no atrelado). Se um fogo não 'tiver a bater aqui, partes do princípio que está a bater para ali... 'Tá ali um indivíduo sempre a fazer tiro. E este indivíduo, quando ouvir fogo, é logo 'tau'."

Estratégia 2
"_ Táctica?
_ Eh, eh... Táctica é matá-los a eito...
(...)
_ Minis, minis, 'qué' delas?
_ Ah isso 'tá bem...
_ Ah isso é que era...
_ Isso é que era uma boa táctica..."


JSR

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Estradas de Portugal e o Rego

Na sequência das recentes notícias sobre a passagem das Estradas de Portugal de empresa de Entidade Pública Empresarial (EPE) a sociedade anónima, a Agência Rego anuncia que estão em curso negociações para a incluir como parte interessada no processo de privatização das Estradas de Portugal. Desta forma, a Agência Rego visa fazer parte das entidades que participam no capital das Estradas de Portugal, SA, comungando do espírito de, entre outros objectivos identificados pela Estradas de Portugal, projectar vias ambientalmente sustendadas.

Por outro lado, estas negociações prendem-se igualmente com a concretização da parceria entre as Estradas de Portugal e a Agência Rego no sentido de vir a ser atribuída à Agência Rego a concessão do exclusivo, por 100 anos (ao contrário dos 75 anos de exclusivo atribuído à Estradas de Portugal na concessão da rede rodoviária nacional), da identificação e preservação de caminhos, trilhos, caminhitos e demais acessos pedestres e hipoteticamente de criaturas várias (chibitas, borREGOsitos, etc.) na área do Rego. Esta "parceria" é comummente identificada pelo código "EH PA" (lê-se da mesma forma que o gelado): "Estradas de Hoje e Património de Amanhã".

JSR

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Expedição às origens do Rego: Parte III

Na senda da primeira expedição National Regography, cabe dar a conhecer o segundo moinho regoniano.

Fomos encontrar este moinho num estado bem diferente do primeiro, que já tinha sido alvo de cimento e tijolos.


A sensação que se tem é que, ao entrar neste reino maravilhoso do Rego, estamos a entrar numa catedral natural e a nave central é feita deste corredor de verde bosque, que nos guia até aos fiéis guardadores do Rego.

Os moinhos são hoje as silenciosas testemunhas de quem entra no berço do Rego. Protegem-no, acompanham-no. Mesmo presos ao tempo, a sua presença é prova de muitas tropelias, aventuras e conquistas dos que os construiram e lhes delegaram a tarefa de interagir com o Rego, tirando dele o melhor partido.



Ao seguirmos pela nave central da catedral do Rego, o tronco que se banhava no Rego, mais parecia um pastor com o seu cajado deleitando-se, preguiçosamente na poça do Rego, enquanto o seu rebanho - os moinhos - pastavam, há tanto tempo já, pelas origens do Rego.

Em jeito de fiscal fronteiriço, parecia interrogar-nos sobre as nossas intenções: "_ Forasteiros, se vierem por bem, entrem! Sejam bem-vindos!".

A partir daqui, ultrapassámos a fronteira e seguimos.

Ao nos aproximarmos, a primeira reacção foi perceber que este segundo bastião do Rego se dava a conhecer timidamente. Para o vermos melhor, tivemos de descortinar a cabeleira de raízes que o reveste e aconhega.

Que histórias contam as raízes? Quem fez este moinho? Quem o ergueu, juntando pacientemente, como peças de puzzle, as pedras que ali se mantêm?

Bem esperámos as respostas mas, ao invés, demos conta que, se pararmos um pouco e deixarmos o silêncio falar, podemos nitidamente escutar as vozes dos que por ali passaram antes, muito antes... como coros afinados de uma só voz límpida: a da água que, sem pressa, caminha aos pés dos moinhos.

JSR

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

São Martinho e o Rego

O próximo domingo, 11 de Novembro, é dia de São Martinho!
Segundo informação avançada pela Agência Rego, confirma-se as previsões meteorológicas de bom tempo e boa disposição, por acção do anticiclone do Rego.
As castanhas, de delícias tamanhas, e a jeropiga marcam o mote destes dias.

Esta é uma data muito importante e, estabelecendo um paralelismo entre o Rego e São Martinho, poderíamos ter a seguinte imagem: mendigos todos nós somos de uma riqueza ímpar como a água do Rego e este, qual soldado formoso, não se coíbe de partilhar o seu melhor bem, o que se comprova pelos talhadouros existentes.
JSR

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Parabéns Confraria

Comemora-se hoje o primeiro mês da Confraria do Rego!
Os festejos decorrem a partir de hoje e sempre que o espírito regoniano boémio quiser.
Após as negociações levadas a cabo pela Agência Rego, foram muitas as entidades e empresas que se quiseram associar ao evento. Destaca-se o lançamento de uma edição limitada de néctar de cevada - sob a marca Rego's Bohemia - e duas partidas da Liga dos Campeões, cujos suportes de imagem foram devidamente adaptados pela UEFA.
Aqui ficam os desejos de que o Benfica e o Porto saiam vencedores dos jogos de hoje.
A todos o nosso bem-haja e votos para que novas iniciativas como estas multipliquem o saudável convívio e espírito regoniano!

JSR

sábado, 3 de novembro de 2007

Novo aeroporto....

A CIP – Confederação da Indústria Portuguesa apresentou recentemente um estudo sobre a localização “Alcochete” para a construção de um novo aeroporto internacional.
O documento diz que se o novo aeroporto for construído em Alcochete, o Estado poupará três mil milhões de euros.
A CIR – Confrarias Internacionais dos Regos também irá apresentar o seu estudo, tendo como base a localização do novo aeroporto na zona do Rego.
Este estudo está a ser elaborado por técnicos altamente reconhecidos nesta matéria e, embora a investigação ainda esteja em fase embrionária, podemos desde já adiantar que existirá uma poupança para o Estado na ordem dos seis mil milhões de euros ou mais.
Segundo o estudo, ao optar pela localização do aeroporto na margem esquerda do Rego, a necessidade de construção de novas pontes ou túneis não se coloca, ao contrário de Alcochete. Existe agora, como todos sabem, uma estrada paralela ao Rego, que com ligeiras beneficiações permitiria servir a futura infra-estrutura.
O problema já seria maior, se o estudo, por motivos ambientais, apontasse para a margem direita do Rego. Embora existam travessias sobre a Ribeira da Marruge, quer na estrada Nacional 228, quer a montante, que permitiriam na mesma poupar nestes artigos, em relação a Alcochete o cofre do Estado, o problema seriam as acessibilidades na localidade Pousadas, pois aí as estradas necessitariam de obras de enorme volume incomportáveis e dificilmente tornariam esta opção competitiva.
JSR

Façam o favor de serem gulosos...




Para prato principal, temos:


Chanfana à Moda do Rego.





Ingredientes:


- Carne de carneiro velho (Experiente para sermos mais “diplomáticos” com o animal…)
- Vinho tinto, de preferência com castas há muito implantadas na região, tais como: “Jaen”, “Maria Gomes”, “Baga” e claro está “Touriga Nacional” (curiosamente, era até há poucos anos conhecida no Tourigo por "Preto Mortágua").
- Louro, (Laurus nobilis) podemos encontrar a montante do Rego algumas árvores de pequeno porte, que fazem parte da paisagem narrada de forma excepcional pela nossa “confrade” PN)
- Colorau (o bom, era aquele que se vendia a avulso no Sr. Zé Filipe, embalado em pequenos cones de papel!)
- Alho, tal como o fiel amigo “tuga” bacalhau, a chanfana também o quer…
- Salsa, servirá de mote à dança que se irá realizar mais tarde no forno.
- Sal, o cristal que não dispensamos em nenhum tempero da nossa alimentação.
- Piri-Piri, uma vagem ou duas de “gindungo” é suficiente para “dinamitar” a carne do velho carneiro.

Preparação:
Após agarrar o carneiro, tarefa que não é nada fácil, o animal é abatido, esfolado e esventrado (de preferência por essa ordem).
Em seguida, a carcaça é “desmanchada” em pequenos pedaços, disformes mas de tamanho mais ou menos regular, com recurso a lâminas e cutelos bem afiados para não “amarfanhar” a carne.
Posteriormente, a carne é colocada carinhosamente numa padela de barro preto de Molelos - terra dos arqui-rivais futebolísticos de outros tempos.
Em seguida, são colocados os restantes ingredientes: sal, louro, alho, colorau, salsa e piri-piri, regando-se tudo com vinho numa quantidade suficiente que permita a todos os pedacinhos de carne ensoparem-se no precioso néctar.


A padela é, então, coberta com um pano e levada para um local fora do alcance de gatos e outros carnívoros e fica assim em estágio, durante pelo menos um dia.

Após o estágio começa a “dança” e a carne vai finalmente a assar.
O “palco” escolhido para este “baile” é o forno de lenha. Este local deverá ser bem aquecido com recurso a lenha seca de boa qualidade, que não liberte odores, que prejudiquem a performance dos “dançarinos”.
O calor no forno deverá ser tal que os “dançarinos” se fundam num só, mas sem se queimarem.
Após três horas de verdadeiro “prazer carnal”, finalmente a padela sai do “palco” e vai para os “camarotes”.
À espera dos ilustres dançarinos estão uns velhos amigos: os grelos, as batatas cozidas, a broa de milho e, claro está, o vinho.
Todos juntos vão para a mesa e deleitam-nos com o seu sabor.
PS: O “Biribau” e o “Vinho do Porto de Foz Côa” também já foram ilustres amigos numa determinada mesa!!!
RF