Tourigo, o berço da Touriga Nacional

E se for mesmo verdade? ... estaremos preparados? Para sermos mesmo o berço da touriga nacional? Algum tempo passou desde que lançámos aqui o desafio de propor Tourigo como berço da Touriga Nacional, essa encubadora de taninos dos melhores vinhos nacionais. A ideia ganhou raízes, a início muito circunscritas, para depois "arrepiarem" caminho e lançarem a sua semente por vários sítios do cyberespaço. Porque não é todos os dias que uma freguesia tem como "marca de água" o nome de uma casta como a Touriga Nacional, siga as novidades em Tourigo, berço da Touriga Nacional

segunda-feira, 30 de março de 2009

Vale do Eiro | A expedição da National Regography ao vale encantado...

A Primavera chega, ora quente ora fresca, nas braçadas de vento que tanto espalham pólen como nuvens.

Aproveitando uma "deixa" num comentário recente, lá andou o JSR por esse Reino Maravilhoso do Rego, desta feita pelas bandas de um Vale de Oiro...em mais uma incursão da National Regography.
O caminho faz-se muito bem, calcando terra que deixa adivinhar outros tempos de maior azáfama, com carros de bois a fazerem destes caminhos um trajecto com horas de ponta...
Todas as hipóteses de percurso a tomar desaguam no mesmo vale encantado.
Aqui, onde as palavras são nada...

Não vimos pepitas desse nobre metal mas encontrámos brilhos de oiro a convidarem-nos a andar por estas bucólicas paragens.












As árvores preparam-se e tudo expectante ondula ao sóm de garraiadas sonoras de pássaros que não páram de conversar. Há pequenas planícies com guardiões extremosos, como a piteira que nos cumprimentou. Ou a formiga que teve prioridade de passagem, tal era o ofício de que tinha sido encarregue. Teria ela também a missão de colorir as flores?










Mas, no meio de tanta harmonia, apareciam às vezes tons mais fortes, como um pinhal de peito feito, pregado à nossa frente. Chegava a ser ameaçador e talvez fosse uma tentativa de floresta negra destas bandas! Não julguem que estamos a exagerar! Entretanto, quase se podia adivinhar um duelo entre pinhais, que avançavam lentamente, de olhos fixos um no outro.








Passando despercebidos, seguimos confiantes até encontrarmos as promessas de bolotas, mel e maçã, risonhas e bem-dispostas. Adiante, desaguava à beira dos nossos olhos um rio camaleão, de cor "pasto verde".










Entretanto, tardando, sempre apareceram. As tourigas! Uma mão cheia delas, como esta que, preguiçosa, pedia ajuda aos nagalhos, feitos pagens, que a seguravam. Talvez uma dúzia de centenas de pés de pacientes videiras que sabem que estão bem protegidas pelo tempo especial que se sente neste vale encantado. É mais quente e mais suave para o embalo das promessas que trazem consigo.