Vamos cantar as janeiras
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas solteiras
Vamos cantar orvalhadas
Vamos cantar orvalhadas
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas casadas
Vira o vento e muda a sorte * Muita neve cai na serra
Vira o vento e muda a sorte * Muita neve cai na serra
Por aqueles olivais perdidos * Só se lembra dos caminhos velhos
Foi-se embora o vento norte * Quem tem saudades da terra
Quem tem a candeia acesa * Já nos cansa esta lonjura
Quem tem a candeia acesa * Já nos cansa esta lonjura
Rabanadas pão e vinho novo * Só se lembra dos caminhos velhos
Matava a fome à pobreza * Quem anda à noite à ventura
Janeiras... o ecoar do espírito festivo nas horas frias e contudo solarengas de Janeiro! O mês puro poe excelência que olha de frente para um ano a estrear.
O Ouro, o Incenso e a Mirra dos Reis... mas este ano, as oferendas são outras, até porque reis nem nos saldos se encontram.
Ontem, em véspera de "Reis", José Pinto de Sousa, o Sócrates das bandas de Vilar de Maçada, anunciou que, para ele, a estreia da série "Crise, disse ele" só agora se faz anunciar, de facto. Lá está. Mais uma vez Einstein tinha razão... o tempo é relativo. O argumento-principal da série já é conhecido mas nunca se sabe como pode desenvolver. Há episódios que são previsíveis, a saber, por exemplo, os das eleições. E este ano são logo três actos eleitorais...
Mas, enfim, num mundo em que o Médio Oriente nada tem de médio mas antes de extremos; onde o Dakar já nada tem de senegalês; onde a Rússia gosta de poupar no gás nas alturas em que não deve; em que se aguarda com expectativa o que se passará a 20 de Janeiro em terras de Tio Sam; em que etc. etc. ... mais parece que este Reino maravilhoso do Rego é um toucinho do céu!
Que assim se mantenha. E, já agora, para afastar maus "agoiros" sempre é melhor afinar vozes porque lá diz o velho ditado que "quem canta, seus males espanta"!
Para ganharem inspiração, fica aqui uma sugestão de "cantares" para esta altura:
JSR, sem crise