Tourigo, o berço da Touriga Nacional

E se for mesmo verdade? ... estaremos preparados? Para sermos mesmo o berço da touriga nacional? Algum tempo passou desde que lançámos aqui o desafio de propor Tourigo como berço da Touriga Nacional, essa encubadora de taninos dos melhores vinhos nacionais. A ideia ganhou raízes, a início muito circunscritas, para depois "arrepiarem" caminho e lançarem a sua semente por vários sítios do cyberespaço. Porque não é todos os dias que uma freguesia tem como "marca de água" o nome de uma casta como a Touriga Nacional, siga as novidades em Tourigo, berço da Touriga Nacional

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Expedição às origens do Rego: Parte II

Antes de alcançarmos o tão desejado berço do Rego, percorremos um caminho maravilhoso: as paralelas do Rego.

Os passos que demos foram certos, com calma... um passo a seguir ao outro, num ritmo cadenciado pelo som da água que cumpria o seu curso abstraída da nossa presença. Percebeu logo que íamos em paz e assim consentiu a nossa caminhada, sem interferir connosco.
Os que já conheciam o sítio percorriam o trajecto como se fosse a primeira vez. Brincadeiras, aventuras, cursiosidades tantas vezes já lembradas retornavam outra vez mas com um sabor diferente... renovadas. Os que nunca lá tinham ido, foram de imediato conquistados e cativados como se também eles tivessem vivido as mesmas tropelias. Quem não gosta de regressar ao berço? Não numa perspectiva de mera repetição ou de recusa de avanço. Mas apenas no sentido de uma genuína redescoberta, voltando para seguir mais em frente. De um momento para o outro, todos fomos crianças de novo!
As paralelas do Rego foram, assim, as nossas linhas de orientação. A original e a nova. A mais recente tentando estar à altura da original, esmerando-se no aconchego da água.
... parece que ainda se ouvia água a correr no Rego original. "A água do rio não passa duas vezes no mesmo sitio." Não podemos testar esta afirmação mas, pelo menos, tivemos certeza que no Rego original correm, constantemente, as lembranças e as certezas de que foi ele e os seus braços - esses talhadouros virtuosos e bem-feitores - que alimentaram o Tourigo. Agora, como sinal do tempo, o Rego original aceitou camuflar-se pela vegetação verdejante tão própria deste micro-clima. Esta não o esconde. Só os mais distraídos podem pensar assim. Se estivermos atentos, a cada passo pode espreitar uma surpresa...



E também aqui o Rego nos deu uma prenda. No meio dos fetos, da multidão de ervas e de outros "verdes", eis que a nossa atenção ficou presa pelo toque inesperado de um milagre. Uma flor, pequenina e calma, segredou-nos, em silêncio, que éramos bem-vindos. Só nos pediu que não as esquecessemos. O seu nome... "Forget me not".
JSR

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Expedição às origens do Rego: Parte I

Expedição 28.10.07

Paisagens recônditas, sons mágicos, luzes e sombras entroncadas numa deliciosa dança. Parece que nada foi premeditado mas a Natureza manifesta todo o seu esplendor naquilo que suspeitamos ser um acaso... apenas se estivermos distraídos.
Aceitámos o convite e a Natureza levou-nos pela mão, como crianças curiosas e confiantes, às origens do Rego.
A expedição contou com a presença de vários confrades e da precisosa ajuda e sabedoria de ilustres autóctones. Reunidos todos os equipamentos necessários à navegação e orientação e assegurados os mapas, os transportes e a boa-disposição, a expedição fez-se ao caminho, crente que iria ao encontro de uma experiência única. O que está documentado nas fotos e vídeo não se compara às tatuagens maravilhosas que ficaram registadas, com delicadeza, nas retinas e no coração de cada um.

O sol jogou um pouco às escondidas, tacteando a nossa vontade e espreitando aqui e acolá só para nos aguçar mais a determinação em seguir em frente. Foi o que fizemos, sem medo e presos à calma e à paz com que cada folha, pedra, gota de água nos cumprimentava, com um sorriso malandro.
À medida que os nossos passos moldavam, tranquilamente, o manto de folhas que o berço do Rego preparou, especialmente, para a nossa expedição, fomo-nos apercebendo da riqueza e beleza daquele lugar.
Seria possível cruzarmo-nos, a qualquer momento, com um nativo esquivo ou, então, poderiamos estar a ser observados por olhares que se confundiam no verde da vegetação, deixando-nos confusos.

O grupo seguiu até que encontrou o berço do Rego. Ali, ele próprio. O sítio onde o Rego começou a ser talhado, como escultura moldada em pedra meiga.Para lá, esperava-nos a conquista do vale... que vale sempre a pena!
O berço do Rego












De repente, demos conta do primeiro moinho. Destruído, acabado, esventrado. ...
A expedição seguiu, sem o delírio de D. Quixote mas com a frescura própria dos que, sem medo, se afeiçoam ao Rego.

Certo é que, quando entrámos naquele vale (quase desfiladeiro) ficámos com a ideia de uma frase perdida: "Talvez a vida seja como à saída de uma caverna: não sabemos se foi sonho ou realidade."
Mas esta "caverna" existe e as sombras nela não são ilusões. O caminho até lá espera, paciente, os nossos passos...
Amanhã, a continuação da expedição.
JSR

O berço do Rego

Regófilos,
aqui está o primeiro vídeo da expedição da National Regography ao berço do Rego.

Data: 28.10.07
Hora: 16:30
Temperatura: 18º-20º
Humidade: 80%
Vento: ----

Regonário e Regoterapia

Após os contactos entre João sem Rego (JSR) e os observadores internacionais a propósito da inclusão da rampa do Rego no calendário automobilístico internacional de 2007, eis que surgem provas concretas do que Vladimir Putin veio fazer a Portugal. Num dos anteriores posts o assunto foi abordado, dando conta do interesse do Sr. dos Urais na utilização do rego para transporte de gás (sem leite), com vista a aproveitar o percurso via Marruge, cujo potencial geoestratégico é sobejamente reconhecido.
Em concreto, a visita de Putin ao Oceanário - que muitos pensaram ter sido por mera curiosidade - tratou-se de mais uma aproximação de Putin ao Rego, desta feita com uma proposta que se pode resumir nos seguintes termos. Em troca da utilização do rego para o transporte de gás, JSR confirma que Putin se compromete:
1. a contribuir para a construção do chamado Regonário (a este propósito, foi visitar as instalações do Oceanário, como ponto de comparação);
2. a investir na investigação das espécies (fauna e flora) originárias deste micro-clima específico, e, por último,
3. está disposto a estabelecer uma parceria de estudo e recuperação dos moínhos do leito do Rego, com fins quer estratégico-militares (os já referidos registos da base naval do rego) quer termais (regoterapia).

Atendendo ao crescente interesse face ao Rego, é incontornável a publicação das primeiras imagens da expedição feita a cargo de peritos do National Regography:

Reportagem 28.10.07, Tourigo, Temperatura: 20º, Humidade: 80%

A rampa do Rego









O Rego












O habitat do Rego










segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Fotos Marruge e Amieira

Registos do contexto regoniano
Março/Abril/Outubr0 2007
Fotos de RF

Marruge










Amieira








Honras aos comentários

Regosferianos,

numa das primeiras mensagens, constam dois comentários aos quais devemos prestar as tradicionais honras regonianas:

1. Anónimo disse...
Deste agua ao nosso trigo Mataste cede ao nosso povo Deste vida ao (TOURIGO) E ainda estas como novo Nunca deixaras de ser nosso (AMIGO).................... Um abraço de frança e parabens pela iniciativa.

18 de Outubro de 2007 23:05

Aos que nos saúdam desde França, aqui fica o registo da nossa mais elevada estima e apreço pelas palavras e motivação. É caso para dizer que "não há longe, nem distância" para a mística associada ao Rego!

2. XXXX* disse...
Caríssimos Confrades, muito me intriga a minha ausência nessa levada de minis, espero ainda ir a tempo de me juntar à vossa mui nobre causa. Devo confessar o meu interesse nos estudos aprofundados do elemento Rego sobre os quais vos tendes debruçado tão empenhadamente. Estou disposto a sujeitar-me às mais duras provas por vós exigidas, para ser aceite como Confrade Regoniano. Sendo eu natural do lado de cá deste belo monte que nos separa, solicito a vós, digníssimos Confrades, um "talhadouro" virtual para poder saciar a minha sede de água do Rego (ou leite com borbulhas, ou minis fresquinhas, ou outro qq néctar desse tão generoso Rego). Saudações Regonianas deste humilde aspirante a Confrade.

28 de Outubro de 2007 18:49

* Por motivos que se prendem com a segurança da identidade do aspirante, não revelamos nesta mensagem o nome do mesmo.

Ao nosso aspirante, aqui fica o recado: a Confraria espera-te (a ti e a mais elementos cujos dados constam já do Index). Apenas se informa que se encontram em fase de ultimação os preparativos das provas e respectiva cerimónia incorporatione in Confraria Regi.
...Para breve...

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

"No Rego com os Tachos"


Agora na regosfera também há espaço para a gastronomia da região.
Verdadeiros “gourmets” de agora e de antigamente vão estar aqui.

Espionagem Industrial...Comentário de JSR


Como eu já antevia, existem por aí alguns que dizem que o LGC é uma grande ideia e que com ela podem ganhar muito dinheiro.
Lembro os colegas regófilos, que está em fase de projecto a certificação do nosso produto através da denominação DOP.
Este Leite com Gás, não é um qualquer leite que tem um qualquer gás produzido numa qualquer região.
O leite: Produzido por vacas da raça Frísia, mais conhecidas por “malhadas”, alimentadas a “palha ponta”, “palha da burra”, “milharada” e “misturada” e que para matar a sede bebem a mais pura de todas as águas, a água do Rego.
Estas “malhadas” fazem deste leite uma verdadeira obra de arte.
O gás: É fabricado à milhares de anos por via bio-antropológica com recurso a um dos géneros mais conhecidos da família da Fabaceae, o feijão.
O feijão, cultivado em terras como “Vale das Colmeias”, “Rianga”, “Carvaqueiro” e “Chão-Torno”, só para citar algumas é de uma qualidade explosiva. As espécies “Parda”, “Galego” e “Riscada” desenvolvem-se no seu esplendor neste ambiente puro e agreste.
Pode não cheirar lá muito bem mas é potente!!!
A região: O leite fica em estágio durante algum tempo num dos sítios mais enigmáticos e peculiares do Tourigo, o “Posto do Leite”. Este posto está situado sensivelmente no centro da aldeia, local estrategicamente colocado e que em tempos foi uma verdadeira agência de notícias que faria corar qualquer “CNN” ou “SKY News”.
Por isso, caros colegas da Regosfera, não nos devemos preocupar com a “galinha da vizinha” porque a nossa é bem melhor.

Rampa do Rego...entrevista a João Sem Rego.

É com pena que constatamos que a Rampa do Rego não consta do calendário automobilístico internacional de 2007.
Embora o “lobby do rego”, (cada vez está mais poderoso) moveu tudo e mais alguma coisa nos meandros das federações mundiais da modalidade, este circuito não foi incluído como prova oficial da categoria.
Numa entrevista dada à regosfera, João Sem Rego (JSR) um dos muitos regófilos envolvidos nesta causa comenta a noticia.
“Já estava á espera deste final…”, diz JSR quando o acordaram pela madrugada com a infeliz noticia.
“…também vieram cá os observadores internacionais e a rampa ainda não estava pronta… o que é que poderíamos esperar?” diz JSR referindo-se ao facto de a rampa ter estado muito tempo “cortada” ao meio, com uma descontinuidade de cerca de 70 m.
Regosfera: Sr. João Sem Rego, acha que ao atribuírem a prova automobilística ao Riomilheiro em detrimento do Tourigo, estão de algum modo a fazer justiça, pelo facto de á 3 séculos atrás a água do rego ter sido atribuída ao Tourigo em detrimento do Riomilheiro?
JSR: Não me parece. Isso é conspirativo.
Regosfera: JSR o que tem a dizer sobre o facto de alguns jornais diários Europeus, escreverem hoje nas suas manchetes que V. Putin veio a Mafra negociar com a U.E. a utilização do rego para transporte de gás, (sem leite) aproveitando assim o percurso via Marruge que tem um enorme potencial geoestratégico.
JSR: Só podem estar a brincar.
Regosfera: É ou não verdade que tem recebido pressões políticas para não escrever assuntos delicados na Regosfera?
JSR: É totalmente falso. Pelo simples facto de agora não ter tanto tempo para a regosfera fizeram logo um “filme”, mas posso vos garantir que vou continuar a escrever e não deixarei de o fazer, principalmente quando os assuntos forem “delicados”. Quero aproveitar para agradecer aos milhares de leitores que de algum modo me incentivam para que continue o meu trabalho. A todos eles Bem-haja.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Aviso à regosfera: LCG

Regosferianos,

a agência informa que se registou recentemente uma ruptura de stock do famoso néctar produzido nas faldas do Rego: o leite com gás (LCG). Em consequência e até à reposição de stocks, os interessados terão à sua disposição o precioso e alimentício suplemento da cevada.

Entretanto, foram detectados indícios de espionagem industrial relacionados com o LCG:
1.
Sábado, Julho 14, 2007

Ideias
Há água com gás, vinho gasoso, sumos com gás, porque não leite com gás?Leite com chocolate com gás?Hum?
posted by Vetoon at
2:14 AM 2 comments
in
http://poucosociavel.blogspot.com/2007_07_01_archive.html

2.
Sexta-feira, Junho 09, 2006

Ideia Genial da Semana
Leite com Gás!!!
Sim, leram bem, leite com bolhinhas!!!! daquelas que picam na boca :x
Vou já mandar uma campanha publicitária para isto. Vai ser a loucura.
"Leite com bolhinhas, mesmo para quem não gosta de leite"
"Pacaças, até as vacas levantam voo quando dão o leite com gás"
Aqui está, a Ideia Genial da Semana, "Pacaças, o Leite com Gás"
O próximo passo é fazer uma OPA à Mimosa e à Parmalat (UCAL) para governarmos o mundo com leite com gás.

in
http://coisas-que-me-chateiam.blogspot.com/2006/06/ideia-genial-da-semana.html#links

Sobre este processo, as devidas averiguações pode ser que sejam equacionadas por João sem Rego.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

A rampa do Rego

Caríssimos da regosfera,

A propósito da realização, este fim-de-semana, do rali de Mortágua, consta que a Agência Rego terá sido consultada para a inclusão da rampa do Rego nesta prova. No entanto e por motivos de agenda, a prova fica-se por Rio Milheiro.
Assim, é bom recordar uma das ideias já debatida entre os choraquelogobebenses: a rampa do Rego.
Sobre esta rampa muito se tem falado, em especial pelas suas características tão próprias.
Não há ainda registos de levantamento topográfico (o que anda para ser feito), mas o importante prende-se com a existência de campos electromagnéticos específicos que ora travam ora aceleram a velocidade dos que passam pela rampa (à semelhança do que acontece lá para as bandas da Serra da Boa Viagem, na Figueira da Foz).
Um dos medidores é mesmo a velocidade com que corre o líquido precioso formado pelo duo hidrogénio e o singular oxigénio.
Quanto a isto, não há dúvidas e nem comparação com a rampa da Falperra! Por isso, aguarda-se o testemunho de João sem Rego...

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

O registo da pesquisa


A regosfera está no seu melhor e a Confraria já aparece nos resultados da pesquisa do Rego.
Mais um motivo para haver festa em Choraquelogobebes!
JSR

terça-feira, 16 de outubro de 2007

As Aventuras de João Sem Rego


Era uma vez, um rapazinho muito engraçado, que vivia numa aldeia fantástica no meio do nada e perto de tudo, chamada Choraquelogobebes.
Quando nasceu, seus pais também eles dois ilustres Choraquelogobebences, deram-lhe o nome de João, mas para o mundo, havia de ficar conhecido por João Sem Rego.
……
O porquê desse nome vai ser o tema da primeira aventura de João Sem Rego.

Imagens do Rego

Palavras para quê?!


O Rego fala por si. Desde há tanto tempo, tem continuamente cumprido a sua rota, tão bela quanto a via láctea (com ou sem gás). Pacientemente e em silêncio, faça chuva ou sol, frio ou calor, com menos ou mais caudal, independentemente da fase da Lua, percorre as veias da encosta até chegar aos campos do Tourigo, como uma promessa cumprida, cheia de vida.

Estas são algumas das imagens que o Rego nos oferece para gáudio de todos:

Carpe regum!
14.10.07


Em busca da origem do Rego








As paralelas do Rego









Vegetação característica do Rego













A torga no Rego












Estas são apenas algumas das provas da preocupação ambiental que a Confraria do Rego tem, aliada ao espírito do Prémio Nobel da Paz deste ano, como já foi referido. Em breve, serão descritas as características do microclima do Rego.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

€€€

Amigos da regosfera,

Acabo de receber, por parte da nossa agência comercial, uma proposta na ordem das centenas de milhões de euros, só em royalties.
Uma empresa do nosso “rectângulo”, está disposta a pagar tudo isso, como contrapartida pela utilização para fins publicitários da nossa marca (o rego).
Esta empresa constatou que os seus clientes, á imagem do resto da sociedade, tem cada vez mais preocupações relacionadas com o ambiente e a sustentabilidade e quer aproveitar nomeadamente o impacto da atribuição do prémio Nobel da Paz a Al Gore.
Como tal, e com vista a promover um novo produto por ela desenvolvido, quer utilizar o seguinte slogan:
"PAPEL HIGIÉNICO EXTRA-SUAVE RENOVA…POR UM REGO MELHOR."

Algo nasceu...

Apesar de ser ainda um bebé recém-nascido, de apenas alguns dias, esta confraria, já está a despertar um enorme interesse na comunidade cibernauta.
Um novo movimento está a surgir.
Uma nova “corrente pensadora” está a formar-se.
Um tsunami crítico galga pelas praias da humanidade.
Nasceu a regosfera.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

O Rego de que se fala....

Caros confrades,
antes de mais dizer que é com agrado que vejo na rede a divulgação dos propósitos desta confraria.

Agora vou falar um pouco do famoso rego:
Para alguns o rego de que se fala é apenas um canal que transportou e transporta o liquido precioso, que durante séculos matou a sede aos horticulas e cereais que por sua vez mataram a fome dos autocnes desta terra.

Para outros que não os desta terra, mas de outra, que curiosamente tem no seu toponímico "rio" e um cereal (o tal das descamisadas ou desfolhadas..., e q agora é transgénico), trata-se de puro "saque", pois a água passa de uma bacia hidrográfica (a deles) para outra (a nossa) como por magia, deixando-os privados diariamente, principalmente na estação estiva de alguns hectolitros de água.

Outros há ainda que dizem, que o rego pela sua peculiaridade, e avanço tecnologico necessário para a sua construção (só comparado às Piramides de Gisé e Machu Picchu), não pode ser obra deste mundo...vai se lá saber de qual mundo então será.

A minha opinião é outra...

Um rego ou um canal, serve de transporte por gravidade de um liquido que não necessariamente a água.

O nome da aldeia abastecida pelo rego, sugere "Touro", e "Igo". Touro como todos sabem é o macho da vaca, que produz o leite. "Igo", não parece grande coisa não é.... mas é. Se nos debruçarmos sobre este nome, podemos constatar que "igo" não é mais do que as iniciais de Importante, Gás e Original...
Como dissem os nossos irmãos da "jangada de pedra":
"Yo no creo en las brujas....pero que las hay, las hay."

RF

Genesis Confrariae

Corria a noite de 6 para 7 de Outubro do ano 2007 da era cristã, quando, entre a levada de minis que se multiplicaram numa honrada mesa de um centro de culto/bar/pub/café na rosa do Caramulo - o Tourigo - nasceu, espontaneamente, a Confraria do Rego.

Com naturalidade, a mística da Confraria surgiu do convívio de profundos conhecedores de um dos maiores potenciais da encosta do Caramulo: o Rego do Esporão ou, melhor, o Rego que Cura!

A ideia já tinha fermentado em Setembro, num cenáculo "tri-pipeiro" em Tonda, mas o acaso determinou que os sete confrades oficializassem a Confraria no mês de Outubro. Ao testemunho vivo dos quatro digníssimos confrades naturais do Tourigo (Isabel, Rosário, Rui e Manuel), juntou-se o apoio e a partilha de outros três vindos do Caramulo (Miguel), de Gouveia (Patrícia) e da Lixa (Vítor). Entretanto, consta que já havia um novo confrade a caminho numa barriga.

A avalanche de ideias e saberes foi o marco das alongadas conversas onde se registou o nome do produto com mais saída para o futuro: leite com gás. Para lá disso, foi debatido o papel do rego paralelo, as sondagens das divindades que respiram à desgarrada, os frasquinhos com água do rego, os registos da base naval do rego (com um papel central a tempos que remontam ao período da Guerra Fria) e a importância estratégica do eixo "TouRego".

A Confraria ainda agora começou mas a estória do Rego que Cura no tempo perdura…

Reza a história...


Existe no Tourigo, datada de 1720, uma escritura de partilha da água por vários agricultores, com a anotação dos dias, horas e minutos a que cada um pertence e que deve constituir um dos mais preciosos manuscritos no género em todo o país.

O manuscrito foi considerado por um magistrado como um documento legal e perfeitíssimo que regula a partilha da água do conhecido rego do esporão há 266 anos. Trata-se de uma levada de água de abastecimento ao regadio do povo do Tourigo que, durante várias gerações, tem fertilizado as propriedades dos beneficiários e seus descendentes.

Actualmente, a caleira que conduz a água até ao Tourigo sofreu uma grande remodelação, sendo implantada uma nova, de raiz, ao lado da centenária já existente e que, pelo património que é por natureza, não foi destruído.

Texto adaptado do original disponível em http://www.tourigo.com/historia.html.