Tourigo, o berço da Touriga Nacional

E se for mesmo verdade? ... estaremos preparados? Para sermos mesmo o berço da touriga nacional? Algum tempo passou desde que lançámos aqui o desafio de propor Tourigo como berço da Touriga Nacional, essa encubadora de taninos dos melhores vinhos nacionais. A ideia ganhou raízes, a início muito circunscritas, para depois "arrepiarem" caminho e lançarem a sua semente por vários sítios do cyberespaço. Porque não é todos os dias que uma freguesia tem como "marca de água" o nome de uma casta como a Touriga Nacional, siga as novidades em Tourigo, berço da Touriga Nacional

terça-feira, 31 de março de 2009

Manguito das Caldas | Visabeira com posição maioritária

Este título não é dos melhores... Mas de facto, a fábrica que produz faianças, entre outras, do Zé Povinho, foi comprada por conterrâneos das bandas de Viseu.
Pelos menos, as andorinhas desta Primavera trouxeram bons auspícios e a Visabeira lá encontrou motivação e faro para o negócio das faianças e o mais-que-tudo-do-peito, Manuel Pinho, diz que foi um milagre.
Será que assim, para lá das rãs, dos pratos em folhas de couve, o manguito estará assegurado para o futuro?

Faianças das Caldas

JSR

pedaços de Primavera


































sugestões | aldeias históricas; Caramulo e percursos

Depois de inspirados com a incursão ao Vale do Eiro, deixamos aqui uma sugestão para os que têm férias por altura da Páscoa.

Visitar as aldeias históricas de Portugal.

Ou, então, mergulhem nalgumas das aldeias que salpicam o Caramulo aqui tão perto: Cadraço, Malhapão de Cima, Malhapão de Baixo, Jueus, Almofala, Teixo, Valeiroso, Laceiras, Bezerreira, Frágua, Amieira, Pedrógão, Marruge, Mosteirinho, Boi, Varzie­las Valdasna, S. João do Monte, Belazeima, Matadegas, Macieira de Alcoba, Se­lores, Albitelhe, Covelo, Pa­ranho de Arca, Monte Teso, Caselho e Carvalhal da Mulher, etc..
Por onde começar?
Mais info. em
Rotas & Destinos Caramulo
Roteiro Caramulo
Percursos Pedestres da Serra do Caramulo
Percurso pedestre Aldeias do Caramulo
Aldeias Caramulo Fotos
Caramulo Selvagem

Entretanto, podem sempre optar pela biclicleta e ir por aí. Aqui ficam também duas sugestões de percursos.
Bike Track 1 ** Bike track 2

segunda-feira, 30 de março de 2009

Vale do Eiro | A expedição da National Regography ao vale encantado...

A Primavera chega, ora quente ora fresca, nas braçadas de vento que tanto espalham pólen como nuvens.

Aproveitando uma "deixa" num comentário recente, lá andou o JSR por esse Reino Maravilhoso do Rego, desta feita pelas bandas de um Vale de Oiro...em mais uma incursão da National Regography.
O caminho faz-se muito bem, calcando terra que deixa adivinhar outros tempos de maior azáfama, com carros de bois a fazerem destes caminhos um trajecto com horas de ponta...
Todas as hipóteses de percurso a tomar desaguam no mesmo vale encantado.
Aqui, onde as palavras são nada...

Não vimos pepitas desse nobre metal mas encontrámos brilhos de oiro a convidarem-nos a andar por estas bucólicas paragens.












As árvores preparam-se e tudo expectante ondula ao sóm de garraiadas sonoras de pássaros que não páram de conversar. Há pequenas planícies com guardiões extremosos, como a piteira que nos cumprimentou. Ou a formiga que teve prioridade de passagem, tal era o ofício de que tinha sido encarregue. Teria ela também a missão de colorir as flores?










Mas, no meio de tanta harmonia, apareciam às vezes tons mais fortes, como um pinhal de peito feito, pregado à nossa frente. Chegava a ser ameaçador e talvez fosse uma tentativa de floresta negra destas bandas! Não julguem que estamos a exagerar! Entretanto, quase se podia adivinhar um duelo entre pinhais, que avançavam lentamente, de olhos fixos um no outro.








Passando despercebidos, seguimos confiantes até encontrarmos as promessas de bolotas, mel e maçã, risonhas e bem-dispostas. Adiante, desaguava à beira dos nossos olhos um rio camaleão, de cor "pasto verde".










Entretanto, tardando, sempre apareceram. As tourigas! Uma mão cheia delas, como esta que, preguiçosa, pedia ajuda aos nagalhos, feitos pagens, que a seguravam. Talvez uma dúzia de centenas de pés de pacientes videiras que sabem que estão bem protegidas pelo tempo especial que se sente neste vale encantado. É mais quente e mais suave para o embalo das promessas que trazem consigo.










sexta-feira, 20 de março de 2009

Whishing Tourigo

Mais uma referência a Tourigo como berço da Touriga.
Desta feita, num site de turismo "Wishgothere", com base num texto retirado de outro site mas ainda assim incluindo a nossa aldeia nos que tiverem gosto em seguir pela rota do vinho Dão:
Tudo nestas paragens são grandezas”, escreveu José Saramago a propósito da região onde se produz o milenar vinho do Dão. Aqui sente-se a herança dos antigos monges agricultores, que marcaram de forma indelével as construções religiosas, a cultura da vinha e o modo de produzir o precioso néctar. Com a linha da poderosa Serra da Estrela a pontuar o horizonte, o Dão, com os seus Invernos chuvosos e verões quentes e secos, é zona de pequena propriedade, com vegetação exuberante, ar puro e numerosos cursos de águas límpidas correndo sobre berço granítico. (...) Terá sido no Dão, na aldeia de Tourigo, que nasceu aquela que é por muitos considerada a rainha das castas tintas portuguesas: a Touriga Nacional.

Pena é que no site da região de turismo Dão-Lafões não haja nenhuma referência a Tourigo...

Em busca da Meimoa perdida, à chegada da Primavera e da Poesia

A aproximação anuncia-se de mansinho. Já podemos perceber a azáfama que, em surdina, faz erguer as cores em cada braço de árvore, a frescura viva em cada riacho, a doçura dos perfumes em cada flor a despontar. É como Poesia feita gente, a cada passo dado. Não é à toa que coincide a chegada da Primavera com a comemoração do dia mundial da Poesia. Então, é afastar as cortinas, talvez cinzas, do Inverno que agora se despede, e mergulhar na Primavera, começando, desde já, por uma incursão ao nosso Reino Maravilhoso, por excelência: o Rego! Não tem percurso oficialmente assinalado mas "deixá-lo". Não são precisas quaisquer tabuletas que nos levem a este paraíso, onde vamos até de olhos fechados!
Mas, como a regosfera é um espaço muito fértil, aqui fica a sugestão do Indiana Jones Jr. do Tourigo, na sequência do post "A paciência da Anta":
No reino do Rego também existe uma anta mas nunca se localizou: trata-se do sítio designado de "Meimoa" que normalmente está associado a mamoas, antas ou dólmens. Já agora, para quem pretenda inicar-se nas actividades arqueológicas de prospecção, a Meimoa fica depois da Padaria do Sr. Nelson, próximo do marco géodésico :)

JSR, com crise aguda na veia poética
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terça-feira, 17 de março de 2009

O ouro preto do Tourigo


Para que a informação esteja à distância de um click... e os consumidores estejam sempre informados, eis a informação dos preços do posto de abastecimento do Tourigo:

A paciência da Anta

Existem muitas por aí. São testemunhas silenciosas das festas do tempo. Ora sozinhas, ora habitadas, confundem-se com as rugas da terra, com o odor das árvores, com as cores das pedras, com as marcas dos caminhos.
... aldeias abandonadas... será? Terão elas alguma vez sido mesmo abandonadas? Impõem-se por si só, como guardiãs destemidas de um tempo e de lugares especiais. E quando as encontramos, não é difícil imaginar a agitação que andou por ali. É só esperar um pouco e aquietar-se. De mansinho, essas memórias vivas, mesmo sem as termos, saem dos esconderijos, como gatos curiosos. Chegam como cicerones irónicos, dando conta do que poderia ser mas não é. Talvez um dia, por força de vontades alheias ou de heranças reabilitadas, elas voltem a ser garridas como esvoaçantes aventais de chita.
Há muitas por aí... e por aqui. No Reino do Rego, existem algumas. Noutros reinos, as histórias são muitas.
Aqui fica a de Anta de Mazes.
Mais info. em:
Terras D'Ouro
Joaquina da Anta
Percurso "Anta de Mazes" (PR4)
Anta de Mazes álbum


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sexta-feira, 13 de março de 2009

IRS no Rego

A todos os contribuintes do Reino do Rego, aqui fica a sugestão sobre uma possível forma de ajudar as instituições particulares ou de solidariedade social, religiosa ou de utilidade pública reconhecidas pelo Estado, em especial, as que existem no Tourigo.
Trata-se de a consignação do IRS, preenchendo para o efeito o quadro 9 do anexo H com o nome e o número de contribuinte da instituição.
Assim, em opção a dar dinheiro ou bens, atribui-se uma parte do imposto que iria para os cofres do Estado para uma instituição à nossa escolha.
Esta acção não tem custos: 0,5% são retirados do imposto total que o Estado liquida, e não do que nos é devolvido. No entanto, é necessário ter o NIF ou n.º de contribuinte da instituição escolhida.
Entretanto, para lá das entidades existentes no Tourigo, consulte informação em Cáritas Diocesana de Viseu e Lista de algumas entidades às quais pode doar 0,5% do seu IRS.
É um pequeno gesto. Mas todos juntos, já conta!
JSR
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terça-feira, 10 de março de 2009

Na desportiva...

Foram já anunciados os XI Jogos Desportivos do concelho de Tondela. Consta que vai ter mais uma modalidade - o ténis - e, para lá de outras inovações, a edição deste ano dos Jogos inclui um sistema de créditos que visa a aquisição, por parte das colectividades participantes, de materiais e equipamentos desportivos de sua escolha, com vista a optimizar as áreas de sua actividade. O público-alvo é a população dos 7 aos 20 anos. As instituições interessadas (Associações, Clubes, Casas do Povo, Ranchos Folclóricos, IPSS, etc.) devem inscrever-se até 20 de Março. A alvorada oficial dos Jogos é a 3 de Maio e o encerramento a 27 de Junho. Para mais informação, ver em: http://www.cm-tondela.pt/portal/page?_pageid=342,8340504&_dad=portal&_schema=PORTAL.

... como o paintball não parece constar da lista de jogos desportivos, a(s) equipa(s) do Touriguistão não deverá(ão) inscrever-se nesta iniciativa louvável. Quem sabe, não aparece por aí mais um encontro de pinturas de guerra...

JSR

sexta-feira, 6 de março de 2009

Que caminho agrícola tomar?

Hoje, que a Confraria faz um aninho e cinco meses, abordamos ao de leve um tema que é querido ao Reino do Rego: a agricultura.
Mas não, não vamos a falar sobre o caminho agrícola do Tourigo, que nos leva até ao berço do Rego. Referimo-nos antes às novidades para os jovens agricultores.
Tudo se passou num congresso em Lisboa sobre "novas agriculturas"... parece ser um bom começo (talvez pela existência de hortas digitais no Terreiro do Paço, quem sabe). E "novas agriculturas" é uma expressão interessante. O que será? Parece remeter para uma certa ideia de que, quando não se sabe muito bem, se aplica a fórmula de "choque" (fiscal, tecnológico, etc.) e já temos algo completamente diferente... será agricultura com monitorização de Magalhães?
Bem, depois do Presidente da Confederação de Agricultores Portugueses dizer que “Existe claramente uma opção de estirilizar o mundo rural, que representa 80% do território nacional” (Presidente da CAP, 03.03.09), o Ministro da Agricultura anunciou, no dito congresso, que "Jovens vão ter apoio adicional para iniciar actividade" (05-03-2009).
Os jovens agricultores vão ter um apoio adicional ao início de actividade durante cinco anos, uma forma de atrair novos profissionais para o sector. No entanto, as ajudas aos agricultores são definidas tendo por base o histórico da produção, o que para os jovens que iniciam a actividade agrícola pode, definitivamente, ser uma desvantagem.
Ora, mas então não é para ajudar os jovens em início de actividade?
Alguma confusão, parece-nos...
Mas, para que se animem os interessados, o apoio previsto será de 260 euros por hectare e por ano, um montante que se junta à ajuda de instalação de cerca de 40 mil euros.
Para além destas medidas, existe ainda uma nova linha de crédito de 175 milhões de euros, a aguardar publicação em Diário da República e o subsídio a fundo perdido de 15 milhões de euros para a aquisição de equipamentos, visando a eficiência energética.
Bom, quanto à eficiência energética, é melhor falar com os srs. deputados José Eduardo Martins e Afonso Candal...
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JSR, também defensor dos interesses das "ramalhas" e "malhadas" do Reino do Rego

quarta-feira, 4 de março de 2009

571: Tourigo2001


"571"?! Não, não é o início dos n.ºs de telefone do Tourigo... que é "871"...
Em ano de eleições, convém ter presente alguns dados. E já que, em 2011, vai haver um novo exercício de censos, relembra-se aqui sumariamente os resultados dos Censos 2001.
Reza então o esforço de "contagem populacional" que, em 2001, Tourigo tinha os seguintes dados: a população residente era de 571 pessoas; a população presente era de 567 indivíduos. Quanto às famílias, existiam 175, sendo que em termos residentes, contabilizavam-se 179 núcleos familiares. No total, registaram-se 254 alojamentos familiares e 253 edifícios.

Touriga na Linha

A Touriga está na moda, não há dúvida. Para que se registe, as tias e tios da linha de Cascais adoram-na e vale até um artigo sobre ela, cheio de "sal e pimenta".

Mais Cascais, Fevereiro 2009: "(...)Assim, socorrendo-nos dos ensinamentos de alguns dos maiores especialistas na matéria, vamos dar-lhe algumas “pistas” sobre aquela que, quase unanimemente, é considerada a maior das castas portuguesas: a Touriga Nacional. (...) Esta casta, que antes era chamada de Touriga Fina, no Douro, e de Tourigo, no Dão, sendo uma casta tradicional destas duas regiões portuguesas, encontra-se hoje espalhada por outras regiões portuguesas e por algumas regiões do chamado Novo Mundo (do vinho), em especial a Austrália (que, como se sabe, também produz em quantidade apreciável vinho fortificado dito do “Porto”, onde tal casta é muito utilizada). Esta casta, que após a crise filóxerica do século dezanove e à necessidade da utilização dos porta-enxertos, se tornou uma casta de produção modesta (hoje melhorada com o recurso à selecção clonal), produz vinhos com uma cor muito concentrada, muito em especial em vinhos jovens. Os vinhos produzidos com a Touriga Nacional têm taninos elevados, mas quase sempre macios. Os aromas da casta fazem lembrar frutos silvestres, muito maduros. Nas suas duas regiões de eleição (o Douro e o Dão), esta casta era utilizada habitualmente em conjugação com outras castas, até porque, com já se referiu, a sua produção é, em geral, muito baixa. Com a moda dos vinhos ditos varietais (de uma só casta), que, em Portugal, surgiu apenas recentemente (embora seja tradicional em algumas regiões vinícolas além fronteiras, como a Borgonha, mais classicamente, e o Novo Mundo, mais modernamente), os vinhos elaborados exclusivamente (ou quase) com a Touriga Nacional passaram a ser reconhecidos, só por ostentarem o nome da casta, como dos melhores do país.
É verdade que muitos destes vinhos produzidos apenas com Touriga Nacional se encontram entre os bons vinhos portugueses, em especial, quanto a nós, no que respeita aos vinhos produzidos na região do Dão com as ditas uvas. Mas também é verdade que nem sempre “Touriga Nacional” é, só por si, sinónimo de qualidade assegurada (embora seja quase sempre sinónimo de preço elevado assegurado). (...) A fama da casta tem sido reconhecida além fronteiras, com autores tão afamados como Jancis Robinson a considerarem a Touriga Nacional como uma casta de “superb quality”. E merecidamente, pois trata-se da que é provavelmente a melhor casta nacional. Citando João Nicolau de Almeida, “trata-se de uma nobre e delicada variedade mas, como tudo o que é fino e elegante, precisa de ser tratada com todos os cuidados.” O vinho produzido com esta casta “bebe-se bem só, é equilibrado e beneficia qualquer lote que entra. É um verdadeiro vinho generoso: tem para si e para dar.” Mais palavras para quê?
saltandpepper@maiscascais.com"

terça-feira, 3 de março de 2009

Touriga em maturação


Solidão firme no dorso da videira
Um tumulto mantido em surdina
Na maturação dos cachos
Desse Tourigo
Promessas de mais um trago apetecido
Embaladas na paciência das folhas
Parras feitas mãos de mãe enternecida
Que em tardes de Verão de silêncio quente
Sabem o fruto que guardam
A quem o adivinha... a quem o sente.
JSR

...Mais uma referência, desta feita de 1916, à Touriga Nacional e ao seu berço:

The name Touriga seems to be a modification of Tourigo, a village in Beira Alta, where it seems to have originated.in: The Journal of the Department of Agriculture of Victoria
Por Victoria. Dept. of Agriculture
Edição de Dept. of Agriculture, Victoria., 1916
Original da Universidade de Michigan

JSR