Tourigo, o berço da Touriga Nacional

E se for mesmo verdade? ... estaremos preparados? Para sermos mesmo o berço da touriga nacional? Algum tempo passou desde que lançámos aqui o desafio de propor Tourigo como berço da Touriga Nacional, essa encubadora de taninos dos melhores vinhos nacionais. A ideia ganhou raízes, a início muito circunscritas, para depois "arrepiarem" caminho e lançarem a sua semente por vários sítios do cyberespaço. Porque não é todos os dias que uma freguesia tem como "marca de água" o nome de uma casta como a Touriga Nacional, siga as novidades em Tourigo, berço da Touriga Nacional

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Saltar o Rego

Começa hoje, quarta-feira de cinzas, a Quaresma, período de quarenta dias que antecede a Páscoa.
Associadas a esta quadra, existem diversas tradições e uma delas relaciona-se com o Rego.
Não o nosso Rego mas outro homónimo, lá para os lados de Loureiro (Oliveira de Azeméis).

Esta tradição chama-se "saltar o Rego" e reza assim:

Tradição centenária, parte profana das celebrações cristãs da Páscoa, "saltar o rego" é o nome dado às corridas de cavalos realizadas nas segundas-feiras de Páscoa.
Se esta prática tem hoje este nome, tal deve-se ao facto de, até há cerca de cinquenta anos, ter existido um rego de água que atravessava o Largo de Alumieira, em Loureiro.

Nesse largo, na grande feira anual da Páscoa, havia uma grande venda de animais, nomeadamente cavalos e burros. Os vendedores, para evidenciar as qualidades dos equídeos, galopavam alguns metros e obrigavam-nos a saltar esse rego de água, utilizado para o regadio dos campos próximos. Os cavalos, as mulas, os burros... já só eram vendidos depois de testados nesse salto ritual.
Até onde a memória se perde, esta prática tinha apenas um carácter utilitário, ou seja, o objectivo era mostrar as qualidades físicas dos animais a potenciais compradores.
Mas, a pouco e pouco, este carácter prático foi-se perdendo. A assistência era cada vez maior, entusiasmada e divertida com este espectáculo equestre.

Com o tempo, o "saltar o rego" foi-se incorporando na grande feira da Páscoa, dando-lhe uma identidade única e peculiar. Chegaram a banda de música, os ranchos folclóricos e os grupos musicais; os carrinhos de choque e as tasquinhas. Morreu a feira de gado e utilidades agrícolas; nasceu o arraial.
Hoje, "saltar o rego" denomina corridas de cavalos, realizadas numa estrada lateral ao Largo de Alumieira, com cerca de 200 metros. Estas corridas são divididas em eliminatórias e finais, consoante o número de concorrentes, sendo atribuídos prémios aos vencedores.

Esta prática atrai milhares de curiosos que, em memória dos tempos passados, mantém o nome centenário.
in http://www.prof2000.pt/users/aif/0PaginaPrincipal.htm.

Já no que toca à Confraria, "saltar o Rego" tem outro significado e acontece sempre que um novo membro se junta ao espírito do Rego.

JSR

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