Tourigo, o berço da Touriga Nacional

E se for mesmo verdade? ... estaremos preparados? Para sermos mesmo o berço da touriga nacional? Algum tempo passou desde que lançámos aqui o desafio de propor Tourigo como berço da Touriga Nacional, essa encubadora de taninos dos melhores vinhos nacionais. A ideia ganhou raízes, a início muito circunscritas, para depois "arrepiarem" caminho e lançarem a sua semente por vários sítios do cyberespaço. Porque não é todos os dias que uma freguesia tem como "marca de água" o nome de uma casta como a Touriga Nacional, siga as novidades em Tourigo, berço da Touriga Nacional

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Tourigo, Touriga e Taça

E porque só daqui a quatro anos é que volta a ser 29 de Fevereiro, aqui fica o registo do Rego neste dia.

No seguimento do recente tema lançado a debate "Tourigo: berço da Touriga Nacional", não podemos deixar de agradecer o comentário do gentil regante - P.vê - dando conta da existência de "um convento no Tourigo assim como uma comunidade de padres que viviam na aldeia. Normalmente estas comunidades monásticas estão ligadas à doçaria tradicional portuguesa e eram também apreciadores e cultivadores do vinho que, neste caso, era também usado para as missas."

A este propósito, refira-se que encontrámos, por curiosidade, uma nota introdutória sobre a região dos vinhos do Dão, que correlaciona exactamente a produção de vinho com o clero:

"Na Idade Média, a vinha foi essencialmente desenvolvida pelo clero, especialmente pelos monges de Cister. Era o clero que conhecia a maioria das práticas agrícolas e como exercia muita influência na população, conseguiu ocupar muitas terras com vinha e aumentar a produção vitícola. Todavia, foi a partir da segunda metade do século XIX, após as pragas do míldio e da filoxera, que a região conheceu um grande desenvolvimento. Em 1908, a área de produção de vinho foi delimitada, tornando-se na segunda região demarcada portuguesa."
in InfoVini, http://www.infovini.com/pagina.php?codPagina=10&regiao=5

Mais referências avançadas por um leitor atento:
"Por falar em Ordem de Cister, o Professor António Manuel Martinho Matoso, no seu livro " O concelho de Tondela - História e Património",indica:
"Possuíam na terra de Besteiros, os mosteiros de Lorvão e Santa Cruz, numerosas herdades.....Situação semelhante se verificava em relação ao Mosteiro de Maceira-Dão, com herdades em...,Tourigo...." Os mosteiros de Lorvão e de Maceira-Dão eram da Ordem de Cister, aquela ordem que se dedicava ao cultivo da vinha."

... estamos perante mais um rego por descobrir!

Até lá, votos que o C.C.D.Tourigo ganhe a taça do torneio de Inverno e faça um brinde com um digno vinho de Touriga Nacional!

Vosso
JSR

_______________________________
Mais referências às Touriga Nacional e ao Tourigo:

I. TOURIGA NACIONAL - A rainha que já foi mal amada
A Argentina tem a Malbec, o Chile a Carmenére, a Itália a Nebbiolo… e Portugal tem a Touriga Nacional. Se alguma vez uma casta representar e identificar os vinhos portugueses, se alguma casta for referenciada como a imagem de Portugal, esse papel caberá sem dúvida à Touriga Nacional, a casta rainha… do momento. Porquê do momento? Porque o sucesso é recente e a Touriga Nacional já foi uma casta proscrita pelos viticultores portugueses. Dominou a região do Dão e foi relevante no Douro antes da invasão da filoxera. Depois, num ápice passou de casta principal a casta maldita. Produzia pouco, desavinhava com frequência, produzia muita parra e pouca uva. Para um viticultor são conjunturas improváveis. Mas a qualidade sempre foi determinante, e para os enólogos a valorização era evidente. Hoje é a casta mais elogiada em Portugal, a casta mais viajada e desejada. Alentejo, Estremadura, Bairrada, Setúbal, Ribatejo, Algarve, Açores – não há região portuguesa onde a Touriga Nacional não seja ensaiada e suspirada. De repe, a Touriga Nacional está presente em todos os contra rótulos, mesmo que por vezes a sua contribuição seja quase irrisória. Mas a Touriga Nacional convence também os mercados internacionais. Espanha, Austrália, África do Sul e Califórnia são hoje países convertidos aos seus encantos e qualidades. Dão e Douro reclamam para si a paternidade da casta Touriga Nacional, que também assume os nomes Preto Mortágua, Mortágua, Tourigo Antigo e Tourigo. A pele grossa ajuda a obter pigmentações profundas. A riqueza em aromas primários inconfundíveis é a imagem de marca da Touriga. Por vezes floral, por vezes frutada, por vezes citrina, mas sempre intensa e explosiva, com ares de nobreza. Os seus atributos são também os seus principais defeitos, porque a exuberância é frequentemente excessiva… Funciona melhor em lote do que a solo, onde em minoria aporta uma magnificência aromática inconfundível. Casta de esperança e simultaneamente confirmação da viticultura nacional, da Touriga Nacional espera-se que abra as portas do mundo aos vinhos portugueses.
in Blue Wine http://www.revistabluewine.com/php/apreciar.php?familia=4&id=43



II. Curiosidades:

O Dão e os Descobrimentos
Antes da partida dos portugueses para a conquista de Ceuta, foi servido vinho do Dão nos luxuosos festejos organizados pelo Infante D. Henrique em Viseu. in InfoVini, http://www.infovini.com/pagina.php?codPagina=10&regiao=5

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Tourigo: berço da Touriga Nacional

Nesta altura em que, carinhosamente, se atam as videiras nos campos, não ficamos alheios a um nome que nos remete para o Tourigo...

Quem é apreciador do néctar de Baco e Dionísio, em especial do meigo vinho do Dão, não fica por certo alheio ao nome Touriga Nacional.
Mas o que é um nome sem o seu significado? Que raízes tem este nome que alimenta as cepas generosas que distinguem, em especial, os vinhos do Dão?

Este poderia ser um aspecto a ser estudado, não só pela curiosidade histórica, mas também pelos possíveis reflexos ao nível da promoção turística do Tourigo.
É que, para além do Leite com Gás, essa maravilha da Natureza nascida no Rego, Tourigo poderia ser conhecido como o provável berço da Touriga Nacional.

Afinal, não é todos os dias que uma freguesia tem como "marca de água" o nome de uma casta como a Touriga Nacional.

O vosso sempre atento,
JSR

Referências na Internet:

I. Sinonímia

Dão: Touriga Nacional, Tourigão, Tourigo Antigo
Bairrada: Tourigo do Dão
Douro: Touriga Nacional, Touriga Fina
Ribatejo Oeste: Touriga Nacional
Alentejo: Touriga Nacional
Setúbal: Touriga Nacional

Embora tenha sua fama associada ao Vinho do Porto e aos tintos de mesa do Douro, um certo mistério cerca as origens da Touriga Nacional. É difícil precisar em qual região vinícola portuguesa ela nasceu. Alguns estudiosos dizem que ela provém do Dão, apoiando essa afirmação em antigos relatos. Em 1900 Cincinnato da Costa escreveu, em seu livro "O Portugal Vinícola", que no século XIX 90% dos vinhedos do Dão eram plantados com esta uva - ali chamada de Tourigo ou pelos sinónimos Mortágua, Preto Mortágua ou Elvatoiriga. Os vinhos de Touriga são maciços de cor, apresentando-se em certos anos completamente opacos. Na região do Dão a Touriga Nacional é conhecida, normalmente, por Tourigo, embora se lhe reconheçam vários sinónimos, tais como Preto Mortágua, Mortágua, Elvatoiriga ou Tourigo Antigo. Este facto é relevante, pois a existência de uma pequena aldeia, entre Tondela e Santa Comba Dão, com o nome de Tourigo constitui um argumento importante para considerar esta casta originária do Dão. Também não deixam de ser significativos os sinónimos Mortágua e Preto Mortágua, surgidos a partir do topónimo da vila vizinha de Santa Comba Dão. Em contrapartida no Douro não se lhe conhece nenhum sinónimo com conotação geográfica.
- Informação in Copo de Três, acesso Fevereiro de 2008

II.
Rota do Vinho do Dão
“Tudo nestas paragens são grandezas”, escreveu José Saramago a propósito da região onde se produz o milenar vinho do Dão. Aqui sente-se a herança dos antigos monges agricultores, que marcaram de forma indelével as construções religiosas, a cultura da vinha e o modo de produzir o precioso néctar. Com a linha da poderosa Serra da Estrela a pontuar o horizonte, o Dão, com os seus Invernos chuvosos e verões quentes e secos, é zona de pequena propriedade, com vegetação exuberante, ar puro e numerosos cursos de águas límpidas correndo sobre berço granítico. Pinheiro bravo, carvalho e castanheiro são vulgares, mas é a vinha que predomina, com mais de 70 milhões de cepas plantadas. E que cepas! Terá sido no Dão, na aldeia de Tourigo, que nasceu aquela que é por muitos considerada a rainha das castas tintas portuguesas: a Touriga Nacional. Queijo, cabrito, presunto, enchidos, preenchem um longo e saboroso cardápio gastronómico. Frutos de grande carácter, como a maçã bravo de Esmolfe, são típicos da região. E há, além de centros urbanos carregados de história que interessa visitar (...), velhas aldeias perdidas no fundo dos vales ou nos altos das montanhas, à espera de serem (re)descobertas.
- Informação in ViniPortugal.pt, Rota do Vinho do Dão, acesso Fevereiro de 2008

III. Sua majestade a Touriga Nacional
Desde o início da década de 90, os portugueses estão num crescente encantamento com sua Touriga Nacional e com ela exercendo cada vez mais encanto no mundo vitivinícola. São inconfundíveis os vinhos gerados por esta casta, que tem origem no Dão (...).
Embora essa uva fosse muito utilizada no Dão, faltava um tratamento moderno aos seus vinhos na adega. As novas tecnologias e um estudo profundo de sua microbiologia no tocante à sua fermentação deram um arranque final para que fosse eleita a uva que tem a “cara de Portugal”. Em Portugal, a Touriga vai se firmando como a “casta rainha”. E o mais importante: como sinônimo de “casta lusitana”.
- Informação in Paodeacucarvinhos.com.br, acesso Fevereiro 2008

Mais referências: A Grande Uva Portuguesa
, in Winexperts.com.br, acesso Fevereiro 2008

IV. Esta poderia ser uma boa lenda para a origem da Touriga no Tourigo [reparem na singela referência ao LCG...]:

(...) Há muitos anos, em tempos remotos, fez Baco uma visita ao seu bom amigo Endovélico, o deus dos deuses da Lusitania. Atravessou serras e subiu penosamente ladeiras até chegar a terras banhadas pelo rio Dão.
Perto daquele local, à entrada de uma tosca cabana de pedra e troncos, havia um casal de lusitanos e um filhito. Baco ao vê-lo, correu para eles gritando:
- Pelos deuses, dai-me de beber!
O lusitano entrou na cabana e regressou com uma escudela de barro cozida ao sol, cheia de água. [Nota: aqui poderia ler-se LCG]
- Água? [LCG?] Acaso não tendes vinho?
O anfitrião arregalou muito os olhos, cofiou a barba entonça e volveu espantado:
- Não. Nós não sabemos o que é. Quereis vós comer?
E sem esperar resposta voltou com uma perna de cabrito montanhês.
À despedida, Baco, comovido pela franca hospitalidade do luso, disse-lhe:
- Ainda um dia hás-de saber o que é o vinho.
Alguns anos mais tarde uma centúria romana, marchando e cadência, parava à porta da singela habitação do lusitano.
Os legionários deixaram a forma e cada um deles abriu uma vala e na vala cada um deles pôs uma videira. Depois, tomaram os lugares e partiram como haviam vindo.
Num dos bacelos lia-se esta tabuleta:“Baco oferece reconhecido”.
Aquelas cepas deram a seu tempo saborosos bagos cujo suco o lusitano espremeu para beber no Inverno numa comunhão de força e rejuvenescimento, e assim, daquelas belas uvas da campânia, que eram uma delícia do bom Baco, havia nascido o generoso e salutar Vinho do Dão.
(adaptado de “Beira Alta Imaginários”), in http://www.lusawines.com/cA22.asp

Tourigo na regosfera

Para que se registe na regosfera, aqui ficam algumas referências ao Tourigo na Internet:
TourigOnline
Wikipédia - Tourigo
EB1 de Tourigo
MapaV.com - Tourigo
Anafre - Tourigo
Agência Ecclesia - Anuário Católico - Tourigo

Actualização a 27.05.2008
Tourigo.org
Tourigo.blogspot.com
Centro Cultural e Desportivo do Tourigo

JSR

Pedalando no Rego

Este domingo, ainda o relógio do Rego espreguiçava os ponteiros, já se ouviam umas vozes... a pedalar pela rampa do Rego acima...
cf. TourigoOnline
Folgamos em saber que o Rego foi um dos pontos de passagem nesta volta em bicicleta pelo Tourigo!

JSR

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Regulamento da Confraria VIII

Artigo 16.º
Coordenação


1. A coordenação dos encontros e actividades pertence à Agência Rego, nos termos do ponto 4 do artigo 12.º do presente Regulamento. Uma vez escolhidos os membros com mandato anual da Agência Rego, esta tem a responsabilidade de apresentar à Assembleia Regoniana a proposta do plano de actividades anual e respectiva agenda de trabalhos. Após a aprovação destes dois documentos, deve a Agência Rego proceder às convocatórias dos confrades, contando para tal com a sábia assessoria de João sem Rego, que procederá ao registo no blog das actividades agendadas e realizadas.

2. As convocatórias são feitas por João sem Rego, com uma semana de antecedência do evento e registadas no blog.

3. O evento só se realiza se estiverem presentes, pelo menos 70%, dos Regos, Moinhos e Talhadouros da Confraria.

4. A Agência Rego deve proceder ao registo de presenças e ausências dos confrades nos eventos convocados, em documento próprio, sendo que duas faltas dão origem à análise da situação do confrade em questão por parte da Assembleia Regoniana, que decidirá sobre a actuação a ter para com o mesmo.

Rego, 6 de Novembro de 2007.

Com esta mensagem, dá-se por concluída a publicação do Regulamento da Confraria do Rego. Esperamos que, deste modo, todos saibam mais sobre a Confraria.
Pretende-se que, quem vier por bem, participe neste fórum de tradições, reflexão e boa disposição, investido de Leite Com Gás, onde borbulha o espírito regoniano.

Vosso,
JSR

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Regulamento da Confraria VII


Artigo 15.º
Regosfera

A Confraria do Rego, consciente da envergadura espontânea já alcançada pelo movimento na Internet - a Regosfera, criou o respectivo blog em http://confrariadorego.blogspot.com/. Neste, são registadas todas as informações relativas às actividades e encontros da Confraria, mediante a publicação de relatos, artigos, pesquisas, receitas, entrevistas, etc..


to be continued...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Regulamento da Confraria VI

Artigo 14.º
Encontro anual, encontros da estação e outros

1. A Confraria, através da Agência Rego, organiza e leva a cabo todas as actividades que concorram para o cumprimento dos seus objectivos e promovam o convívio entre os confrades regonianos.

2. Todos os anos, em redor do dia 6 de Outubro, sempre ao fim-de-semana, tem lugar no Tourigo o Encontro do Rego, efeméride principal de todos os que rejubilam no espírito regoniano. Este Encontro, cujo local e festividades associadas são anualmente determinados, tem sempre de passar, no início, meio ou no fim, pelo local de origem ou do boom regoniano: o Café do Bom Sucesso do Tourigo (independentemente de, à data, a sede da Confraria ser noutro lugar).

3. Sempre que possível, a Confraria do Rego promoverá quatro Encontros da Estação (Primavera, Verão, Outono e Inverno), cabendo à Assembleia Regoniana a decisão quanto à data e actividades correlacionadas. Os encontros serão realizados ao fim-de- semana ou feriados.

4. As Tainadas são outros dos eventos de importância superior, que se realizam sempre que os Confrades assim decidam, devendo realizar-se, pelo menos, uma vez por ano e podendo coincidir com os outros eventos regonianos. As Tainadas contribuem para o maior e mais saudável convívio gastronómico regoniano e cumprem o objectivo de fomentar o estudo e a divulgação do património gastronómico do Rego. Das Tainadas devem resultar as receitas a divulgar na regosfera, no espaço No Rego com os tachos.

5. Para além destas iniciativas, a Confraria organizará, sempre que lhe aprouver e preferencialmente na Primavera e no Verão, as Expedições National Regography, promovidas na partilha do espírito da aventura ao Rego, convertendo-se em ocasiões de carácter vital que contribuem para a exploração, conhecimento e interiorização do Rego ou de áreas geográficas que se relacionem, directa ou indirectamente, com o Rego.

6. Todos estes eventos têm duração ilimitada, tendo contudo em superior consideração os interesses e reivindicações dos menores a cargo dos confrades.

7. Todos os encontros e actividades mencionados neste artigo são registados, em acta, por um confrade, cuja nomeação é feita por ordem alfabética. A acta deve ser entregue a João sem Rego, que decide da publicação total ou parcial da mesma no blog.

to be continued...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

O Regonês

Num comentário a uma mensagem recente, que desde já agredecemos, alguém assinou como sendo "Regante".
Ao vermos este nome, o mesmo remeteu-nos para uma espécie de dialecto, o galramento de Molelos.
Neste dialecto existem termos como "nadante" (peixe), "fungante" (nariz), "longante" (relógio). Ora, o sanofo e girado termo - regante - é perfeito para nos referirmos a todos quantos visitam o blog da Confraria.

Com tudo isto, já nos podemos orgulhar de uma nova família de palavras no Português -
o Regonês:

Rego - o Rego do Esporão
Regar - referir-se ao Rego
Regotar - identificar prioridades no desenvolvimento estrutural no vale do Rego
Regante - o que participa na Regosfera, sinónimo de Regosferiano
Regonês - linguagem do Rego, própria dos regonianos
Regosfera - comunidade cibernauta do Rego ("Um novo movimento que surgiu.Uma nova “corrente pensadora”. Um tsunami crítico que galga pelas praias da humanidade.")
Regosferiano/a - o que participa na Regosfera, sinónimo de Regante
Regonário - Observatório do Rego
Regoterapia - actividade terapêutica própria do Rego, por aplicação do Leite Com Gás (LCG)
Regoniano/a - membro da Confraria do Rego, independentemente de ser Rego, Moinho, Talhadouro, RegoMor ou RegoContribuinte
Regography - nome que se dá ao estudo do Vale do Rego
Regocultura - actividade centenária relativa ao aproveitamento da água do Rego para a agricultura do Tourigo
Regónio - elemento químico que integra a molécula do LCG, pertencente à família dos gases, pouco conhecido e estudado, dada a sua especificidade e raridade na Natureza.
etc.

E é assim que o espírito do Rego se espalha como práusia fresca por esses campos da regosfera!

Muntinásio comovido pelas mensagens dos que vêm zular do nosso Rego!

Com um granjoeiro abraço,
JSR

Regulamento da Confraria V

Artigo 13.º
Chanfanas e outras contribuições


1. Todos os confrades devem proceder à apresentação das chamadas chanfanas (ou seja, ao cumprimento das quotas), anualmente, antes do Encontro do Rego.

2. O universo das chanfanas reporta a géneros, revertendo-se no mínimo em minis. Caso uma Tainada coincida com o Encontro do Rego, as chanfanas concretizam-se especialmente na apresentação de géneros, tais como: ingredientes da chanfana à moda do Rego, bacalhau do Rego, enchidos do Rego, Rego no prato, néctares Dão-Lafões, etc..

3. Cabe à Agência Rego verificar a conformidade da situação das chanfanas.

4. Existem ainda outras contribuições, de natureza diversa, eventualmente provenientes do auxílio dos RegoContribuintes.

to be continued...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

4 meses de Rego

Parabéns!
Hoje assinala-se os 4 meses desta mui querida Confraria!
Tão pouco tempo já percorrido para tanta coisa que ainda há para fazer.
A Confraria agradece a todos os que a visitam, em especial pelos comentários e ideias que vão deixando. Todos contribuem para aumentar o caudal do Rego, esse leito de tradições e aventuras.
Comovido,
JSR

Saltar o Rego

Começa hoje, quarta-feira de cinzas, a Quaresma, período de quarenta dias que antecede a Páscoa.
Associadas a esta quadra, existem diversas tradições e uma delas relaciona-se com o Rego.
Não o nosso Rego mas outro homónimo, lá para os lados de Loureiro (Oliveira de Azeméis).

Esta tradição chama-se "saltar o Rego" e reza assim:

Tradição centenária, parte profana das celebrações cristãs da Páscoa, "saltar o rego" é o nome dado às corridas de cavalos realizadas nas segundas-feiras de Páscoa.
Se esta prática tem hoje este nome, tal deve-se ao facto de, até há cerca de cinquenta anos, ter existido um rego de água que atravessava o Largo de Alumieira, em Loureiro.

Nesse largo, na grande feira anual da Páscoa, havia uma grande venda de animais, nomeadamente cavalos e burros. Os vendedores, para evidenciar as qualidades dos equídeos, galopavam alguns metros e obrigavam-nos a saltar esse rego de água, utilizado para o regadio dos campos próximos. Os cavalos, as mulas, os burros... já só eram vendidos depois de testados nesse salto ritual.
Até onde a memória se perde, esta prática tinha apenas um carácter utilitário, ou seja, o objectivo era mostrar as qualidades físicas dos animais a potenciais compradores.
Mas, a pouco e pouco, este carácter prático foi-se perdendo. A assistência era cada vez maior, entusiasmada e divertida com este espectáculo equestre.

Com o tempo, o "saltar o rego" foi-se incorporando na grande feira da Páscoa, dando-lhe uma identidade única e peculiar. Chegaram a banda de música, os ranchos folclóricos e os grupos musicais; os carrinhos de choque e as tasquinhas. Morreu a feira de gado e utilidades agrícolas; nasceu o arraial.
Hoje, "saltar o rego" denomina corridas de cavalos, realizadas numa estrada lateral ao Largo de Alumieira, com cerca de 200 metros. Estas corridas são divididas em eliminatórias e finais, consoante o número de concorrentes, sendo atribuídos prémios aos vencedores.

Esta prática atrai milhares de curiosos que, em memória dos tempos passados, mantém o nome centenário.
in http://www.prof2000.pt/users/aif/0PaginaPrincipal.htm.

Já no que toca à Confraria, "saltar o Rego" tem outro significado e acontece sempre que um novo membro se junta ao espírito do Rego.

JSR

As origens de Tourigo: nome e lenda

De que vozes fala o nome "Tourigo"?
Há algumas referências a este nome que tentámos elencar algumas delas, por ser interessante saber o que se escreve sobre Tourigo.

Assim, quer seja pela lenda quer seja pelas referências históricas concretas ao Tourigo, uma coisa é certa: todas elas remetem para uma ideia próspera do Tourigo. Senão vejamos logo pela origem germânica do nome Tourigo (Theode + Rik), que pode também derivar do nome germânico "Teodorico" (cf. Teodorico o Grande, conhecido pelos romanos como Flavius Theodoricus, foi rei dos godos orientais, os ostrogodos, governante da Itália e regente dos visigodos, in wikipédia):

Nomes germânicos: Sangemil, Teomil, Tourigo

THEODE-: "Pueblo"
Y en Portugal: Domonde, Q. do Teimonde, Tagilde, Tarei, Teamonde, Teimão, Teobalde, Teomil, Togilde, Tosende, Tourago, Tourém, Tourigo, Touris, Touriz, Tugilde, Tuido, Tuisendes, Turiz...

REK- y -RIK: "Poderoso, Rico"
Y en Portugal: Q. de Recemonde, Recarei 4, Regoufe 3, Regufe, Requesenda, Requiães 5, Requião, Requim, Rocamonde, Rocamondo... Y Aberiz, Adorigo, Alderiz, Aldriz, Algeriz, Almarigo, Almoriz, Alpedriz, Ancariz, Anceriz, Argeriz, Ariz 3, Beiriz 3, Brandariz 2, Calhandiz, Calhariz 2, Castorigo, Contriz 2, Destriz, Eirigo, Eiriz 9, Erigo, Escarigo, Escaris, Escariz 7, Esmerices, Esmeriz, Esmorigo, Esmoriz 5, Espariz 3, Esperigo, Esteriz, Flariz, Formarigo 2, Formarigos, Formariz 4, Freiriz 2, Fromarigo, Fromarigo, Gandariz, Gomariz, Gondoriz 3, Gontariz, Guldrez, Laboriz, Lamarigo, Lavaris, Leboriz, Lestriz, Letrigo, Lobrigos, Lorigo, Lourigo, Louriz, Manariz, Mariz 3, Marize, Marmoriz, Meitriz, Mourigo, Mouriz 3, Mourizes, Oriz 2, Queirigo, Queiriz 2, Quetriz, Reirigo, Reiriz 3, Reriz 2, Rodrigo, Romarigães, Romarigo, Romariz 4, Rorigo, Roriz 7, Sabarigos, Sabaris, Sabariz 6, Sanariz, Sanceriz, Sandrigo, Secerigo, Selhariz, Senhoriz, Tourigo, Touris, Touriz, Tralhariz, Troporiz, Turiz, Variz, Veirigo, Viariz...

cf. info. em "El Nombre de los Antepasados: Toponimia Gallega de Origen Antroponímico (I v2.0)",
http://www.celtiberia.net/articulo.asp?id=2133

LENDA DO TOURIGO:
"Conta-se que em tempos idos se chamava a esta terra Póvoa dos Panascais, aquando da vinda da água do Esporão, os poucos habitantes desta terra, resolveram para comemorar a grande alegria que esta água lhes trazia (ia regar os seus campos e mover os moinhos que ao todo eram seis) matarem um touro e fizeram uma festa.
Resolveram que o nome desta terra seria uma reminiscência desse facto e puseram-lhe o nome de Tourigo. A prova (não documentada) do valor desta lenda entre as gentes do Tourigo, está no facto de, aquando da inauguração do hospital de Tondela, todas as povoações do concelho se integraram num cortejo e levaram as suas ofertas, o Tourigo levou um Touro como símbolo da terra além de outras ofertas."

cf. info. actualmente indisponível em http://tourigo.blogspot.com/ (acesso em 2007).

JSR

Regulamento da Confraria IV



Artigo 12.º
Órgãos


1. São órgãos directivos da Confraria o Concílio dos Regos e a Assembleia Regoniana, não havendo oficialmente um Conselho Fiscal.


2. Do Concílio dos Regos fazem parte os que tiveram presentes no acto fundador no Café do Bom Sucesso, a 6 de Outubro de 2007, no Tourigo.


3. Da Assembleia Regoniana fazem parte os Regos, os Moinhos e os Talhadouros, embora estes últimos não possam votar para a escolha do grupo de confrades encarregues de executar o plano de actividades anual da Confraria (i.e., membros temporários da Agência Rego).


4. A Agência Rego é o órgão encarregue de executar o plano anual de actividades da Confraria, por ela proposto e aprovado pela Assembleia Regoniana, por altura do Encontro do Rego. Fazem parte da Agência Rego todos os confrades escolhidos anualmente, por aclamação unânime pela Assembleia Regoniana, devendo constituir-se por um conjunto, no mínimo, de dois confrades (Regos e/ou Moinhos), não tendo limitação de membros. Caso não haja apresentação espontânea de candidatos a membros da Agência Rego, cabe à Assembleia Regoniana escolher dentre os presentes no Encontro do Rego, que devem aceitar essa decisão com espírito de missão. Da Agência Rego faz parte, a priori, João sem Rego.


5. O órgão consultivo da Confraria recai sobre João sem Rego.


to be continued...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Regulamento da Confraria III


Artigo 8.º
Admissão

1. A admissão dos sócios é da competência do Concílio dos Regos, mediante proposta subscrita pelo candidato e por dois Moinhos, que são os proponentes.
2. Da deliberação tomada nos termos do número anterior cabe recurso para a Assembleia Regoniana, sem prejuízo desta ratificar sempre a decisão do Concílio.

Artigo 9.º
Direitos dos Confrades

São direitos do confrade:
1. Ter direito aos direitos;
2. Participar em todas as iniciativas promovidas pela Confraria do Rego, utilizar quaisquer serviços, assim como colaborar na realização dos seus fins;
3. Participar nos trabalhos e discussões das Assembleias Regonianas; e
4. Publicar ou fazer publicar as suas opiniões no blog da Confraria.

Artigo 10.º
Deveres dos Confrades


São deveres do confrade:
1. O cumprimento dos estatutos, regulamentos e demais deliberações internas;
2. O comportamento com zelo e disponibilidade, em face de ser confrade regoniano;
3. O exercício com responsabilidade das tarefas que lhes sejam atribuídas;
4. A colaboração leal e efectiva às iniciativas para que os órgãos sociais (Concílio dos Regos e Assembleia Regoniana) o solicite; e
5. O cumprimento da contribuição esporádica das chanfanas (vulgo quotas), e outros encargos fixados pela Assembleia Regoniana.

Artigo 11.º
Perda da condição de Confrade


1. Perde a qualidade de confrade o que a ela renunciar formalmente, por carta enviada ao Concílio dos Regos ou publicada no blog, e o que se atrasar injustificadamente no cumprimento da contribuição das chanfanas, por um período superior a doze meses ou se a qualidade dos géneros apresentados não forem do agrado dos Regos.
2. Perde ainda a qualidade de confrade aquele cuja conduta seja contrária aos objectivos da Confraria, ainda que neste último caso a exclusão seja da exclusiva competência da Assembleia Regoniana.


to be continued...