(Sátira aos homens quando estão com gripe)
Pachos na testa, terço na mão,
Uma botija, chá de limão,
Zaragatoas, vinho com mel,
Três aspirinas, creme na pele
Grito de medo, chamo a mulher.
Ai Lurdes que vou morrer.
Mede-me a febre, olha-me a goela,
Cala os miúdos, fecha a janela,
Não quero canja, nem a salada,
Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada.
Se tu sonhasses como me sinto,
Já vejo a morte, nunca te minto,
Já vejo o inferno, chamas, diabos,
Anjos estranhos, cornos e rabos,
Vejo demónios nas suas danças
Tigres sem listras, bodes sem tranças
Choros de coruja, risos de grilo
Ai Lurdes, Lurdes fica comigo
Não é o pingo de uma torneira,
Põe-me a Santinha à cabeceira,
Compõe-me a colcha,
Fala ao prior,
Pousa o Jesus no cobertor.
Chama o Doutor, passa a chamada,
Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada.
Faz-me tisana e pão de ló,
Não te levantes que fico só,
Aqui sózinho a apodrecer,
Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer.
António Lobo Antunes
Tourigo, o berço da Touriga Nacional
E se for mesmo verdade? ... estaremos preparados? Para sermos mesmo o berço da touriga nacional?
Algum tempo passou desde que lançámos aqui o desafio de propor Tourigo como berço da Touriga Nacional, essa encubadora de taninos dos melhores vinhos nacionais.
A ideia ganhou raízes, a início muito circunscritas, para depois "arrepiarem" caminho e lançarem a sua semente por vários sítios do cyberespaço.
Porque não é todos os dias que uma freguesia tem como "marca de água" o nome de uma casta como a Touriga Nacional, siga as novidades em Tourigo, berço da Touriga Nacional
Mostrar mensagens com a etiqueta Poesia no Rego. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Poesia no Rego. Mostrar todas as mensagens
terça-feira, 1 de setembro de 2009
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Fruta de Verão
À porta de mais um fim-de-semana, fiquemos com um cheirinho a fruta de Verão:)
Etiquetas:
Fotos,
Poesia no Rego
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Sugestão
E enquanto o centro nevrálgico da zona de lazer não dá sinais vitais (o que não deve tardar...), aqui fica a sugestão:
"Mesmo que eu morra o poema encontrará
Uma praia onde quebrar as suas ondas"
SMBA
No dia em que se assinalou o início oficial do Verão, 21 de Junho, o Público publicou um artigo interessante sobre o mundo de Sophia de Mello Breyner Andresen, sobre quem as palavras agora geradas são apenas gotas de um mar imenso.
Este artigo dá-nos sumariamente a conhecer o espólio da escritora, revelando diários, poemas e cartas, entre histórias contadas por dois dos filhos, Maria e Miguel Sousa Tavares.
No mundo de Sophia
:::::::::::::::::::::::::
"Mesmo que eu morra o poema encontrará
Uma praia onde quebrar as suas ondas"
SMBA
No dia em que se assinalou o início oficial do Verão, 21 de Junho, o Público publicou um artigo interessante sobre o mundo de Sophia de Mello Breyner Andresen, sobre quem as palavras agora geradas são apenas gotas de um mar imenso.
Este artigo dá-nos sumariamente a conhecer o espólio da escritora, revelando diários, poemas e cartas, entre histórias contadas por dois dos filhos, Maria e Miguel Sousa Tavares.
No mundo de Sophia
:::::::::::::::::::::::::
Etiquetas:
Poesia no Rego,
Sugestões,
Verão
sexta-feira, 20 de março de 2009
Em busca da Meimoa perdida, à chegada da Primavera e da Poesia

Mas, como a regosfera é um espaço muito fértil, aqui fica a sugestão do Indiana Jones Jr. do Tourigo, na sequência do post "A paciência da Anta":
No reino do Rego também existe uma anta mas nunca se localizou: trata-se do sítio designado de "Meimoa" que normalmente está associado a mamoas, antas ou dólmens. Já agora, para quem pretenda inicar-se nas actividades arqueológicas de prospecção, a Meimoa fica depois da Padaria do Sr. Nelson, próximo do marco géodésico :)
JSR, com crise aguda na veia poética
*
Etiquetas:
Arqueologia,
Fotos,
Poesia no Rego,
Primavera,
Reino Maravilhoso em redor do Rego,
Sugestões
terça-feira, 3 de março de 2009
Touriga em maturação

Solidão firme no dorso da videira
Um tumulto mantido em surdina
Na maturação dos cachos
Desse Tourigo
Um tumulto mantido em surdina
Na maturação dos cachos
Desse Tourigo
Promessas de mais um trago apetecido
Embaladas na paciência das folhas
Parras feitas mãos de mãe enternecida
Que em tardes de Verão de silêncio quente
Sabem o fruto que guardam
A quem o adivinha... a quem o sente.
Embaladas na paciência das folhas
Parras feitas mãos de mãe enternecida
Que em tardes de Verão de silêncio quente
Sabem o fruto que guardam
A quem o adivinha... a quem o sente.
JSR
...Mais uma referência, desta feita de 1916, à Touriga Nacional e ao seu berço:
The name Touriga seems to be a modification of Tourigo, a village in Beira Alta, where it seems to have originated.in: The Journal of the Department of Agriculture of Victoria
Por Victoria. Dept. of Agriculture
Edição de Dept. of Agriculture, Victoria., 1916
Original da Universidade de Michigan
JSR
Etiquetas:
Fotos,
Poesia no Rego,
Touriga Nacional,
Tourigo
terça-feira, 17 de junho de 2008
Camões e o Rego
Depois das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, a Confraria também quis assinalar esse dia, associando-se de forma discreta aos festejos do dia da raça, conforme sublinhou o Sr. Presidente da República... E porque hoje também foi dia de prova de português, aqui fica o registo, sendo pura coincidência qualquer semelhança com o original camoniano:
Os Reguíadas
Os confrades e os esporões assinalados
Que do lado de cá da encosta serrana
Por regos nunca dantes navegados,
Passaram ainda além da Rampa plana
Com interesse e curiosidade reforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre a regosfera remota edificaram
Novo Reino do Rego, que tanto sublimaram…
JSR
Os Reguíadas
Os confrades e os esporões assinalados
Que do lado de cá da encosta serrana
Por regos nunca dantes navegados,
Passaram ainda além da Rampa plana
Com interesse e curiosidade reforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre a regosfera remota edificaram
Novo Reino do Rego, que tanto sublimaram…
JSR
Etiquetas:
História,
João Sem Rego,
Poesia no Rego
sexta-feira, 7 de março de 2008
A nossa aldeia
Não foi com surpresa que lemos o post "Confraria do Rego" no TourigOnline...
E este não é um mero galhardete para trocar na regosfera.
Não é um simples agradecimento.
É o reconhecimento da atenção, do trabalho, da garra dos que fazem e dos que motivam as notícias no TourigOnline.
É através destes talhadouros virtuais que o Rego pode, tal como as tradições do Tourigo, continuar o seu percurso pelo tempo.
Dele todos somos gotas como sementes.
Bem haja!
Vosso
JSR
E este não é um mero galhardete para trocar na regosfera.
Não é um simples agradecimento.
É o reconhecimento da atenção, do trabalho, da garra dos que fazem e dos que motivam as notícias no TourigOnline.
É através destes talhadouros virtuais que o Rego pode, tal como as tradições do Tourigo, continuar o seu percurso pelo tempo.
Dele todos somos gotas como sementes.
Bem haja!
Vosso
JSR
"Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer, "
Tenho-a para mim como secreto aconchego,
Tenho-a para mim como secreto aconchego,
Quando dela condenso os cheiros, as cores, os risos, o Rego…
Todos num verso
E olho-a como um amante sente uma mulher!*
E olho-a como um amante sente uma mulher!*
*Nota: os dois primeiros versos são de Fernando Pessoa... os outros... do Rego.
Etiquetas:
Fotos,
Poesia no Rego,
Rego,
Reino Maravilhoso em redor do Rego,
Tourigo,
TourigOnline
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Poesia no Rego II

aqui fica o excerto das quadras,
publicadas no TourigoOnline, relativas ao Rego:
"(...)
Um dia um sábio pastor
com sabedoria e imaginação
um rego construiu
do rio Mau à povoação
Para festejar o efeito
Uma festa se realizou
E de Póvoa dos Panascais
Para Tourigo mudou
Um touro mataram e assaram
E broa de trigo a acompanhar
Touro e trigo a festejar
E Tourigo se ficou a chamar
Ainda hoje existe o rego
Com alguma remodelação
Traz água que alimenta as terras
E dá vida à povoação"
Fátima Ferreira
cf. http://tourigonline.blogspot.com/2008/01/tourigo-em-poesia-continuao.html
JSR
Etiquetas:
Poesia no Rego,
Rego,
TourigOnline
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Poesia no Rego

O Rego também tem inspirado as veias de alguns poetas...
Aqui fica o registo:
Boaventura de Sousa
Labirinto
"(...) e muitas vezes sou um rego d'água
a beber as raízes do teu corpo de nogueira."
Cesário Verde
De Verão
“(…)IX
E, como quem saltasse, extravagantemente,
Um rego d'agua sem se enxovalhar,
Tu, a austera, a gentil, a intelligente,
Depois de bem composta, déste á frente
Uma pernada comica, vulgar!
(…)”
Provinciana
“(…)
De roda pulam borregos;
(…)”
Provinciana
“(…)
De roda pulam borregos;
Enchem então as cardosas
As moças desses labregos
Com altas botas barrosas
De se atirarem aos regos!
(…)”
(…)”
JSR
Etiquetas:
João Sem Rego,
Poesia no Rego,
Rego
Subscrever:
Mensagens (Atom)